HOTEL VARSÓVIA
Vitória abriu os seus pequenos olhos cinzas e viu o que mais parecia ser um sonho. Um delicioso sonho de inverno. Um delicioso sonho. Adorável e apaixonante.
Isabela estava com o seu corpo esguio e lindo totalmente nu, em pé, ao lado da pequena janela daquele vermelho quarto de hotel, segurando um Gitannes com a mão direita e um copo de vodka com a esquerda, no qual dava suaves e lentos goles com os seus lábios grandes, firmes e vivos, enquanto apreciava Varsóvia.
Vitória abriu os seus pequenos olhos cinzas e mal acreditou no que estava acontecendo. O que ela via diante da janela daquele quarto de hotel vermelho era o vulto suave e frágil de uma garota linda. Linda. Linda de verdade.
Não podia ter essa sorte, pensava, pois Vitória era, de fato, apenas simpática, o que, convenhamos, é um adjetivo bastante peculiar e ingrato, utilizado apenas para evitar o constrangimento da utilização da palavra “feia”.
Mas isso em nada impedia o seu sonho e pouco importava naquela manhã fria.
Apesar da falta de clareza dos seus pensamentos, o que Vitória tinha certeza era que o frágil e delicado e lindo vulto de Isabela estava mesmo lá, diante dela, como num delicioso sonho. Adorável e apaixonante.
- Já acordou? – Isabela perguntou com um sorriso, sem desviar os olhos ruivos da pequena janela daquele vermelho quarto de hotel.
Vitória assentiu com um som confortável, porém sem nada responder.
- Não via a hora. O dia está lindo – Isabela completou, apagando o cigarro no cinzeiro do frigobar e virando o copo de vodka.
Vitória se ajeitou na cama e perguntou, tranqüila – Lindo, Isa? Cinza do jeito que está? E frio do jeito que parece estar?
Isabela se aproximou da cama e lhe fez um carinho nos cabelos totalmente desarrumados e desalinhados de Vitória – Está lindo como as coisas mais improváveis que possamos imaginar. Lindo como os seus olhos cinzas.
Vitória apenas sorriu e disse – Estou muito feliz. Muito mesmo. Queria que você soubesse.
Isabela respondeu com um brilho no olhar - Você está há pouco tempo no inverno do planeta. Já viu neve na sua vida, Vi?
- Não – respondeu, como uma criança ansiosa.
- Então levanta. Nevou durante a madrugada. A cidade é só neve.
Vitória levantou rapidamente a sua cabeça e deu um beijo espetacular em Isabela, com todo o amor que há e pode haver nessa vida.
- Realmente, o dia está lindo... – finalizou, ansiosa pela neve.
Vitória abriu os seus pequenos olhos cinzas e viu o que mais parecia ser um sonho. Um delicioso sonho de inverno. Um delicioso sonho. Adorável e apaixonante.
Isabela estava com o seu corpo esguio e lindo totalmente nu, em pé, ao lado da pequena janela daquele vermelho quarto de hotel, segurando um Gitannes com a mão direita e um copo de vodka com a esquerda, no qual dava suaves e lentos goles com os seus lábios grandes, firmes e vivos, enquanto apreciava Varsóvia.
Vitória abriu os seus pequenos olhos cinzas e mal acreditou no que estava acontecendo. O que ela via diante da janela daquele quarto de hotel vermelho era o vulto suave e frágil de uma garota linda. Linda. Linda de verdade.
Não podia ter essa sorte, pensava, pois Vitória era, de fato, apenas simpática, o que, convenhamos, é um adjetivo bastante peculiar e ingrato, utilizado apenas para evitar o constrangimento da utilização da palavra “feia”.
Mas isso em nada impedia o seu sonho e pouco importava naquela manhã fria.
Apesar da falta de clareza dos seus pensamentos, o que Vitória tinha certeza era que o frágil e delicado e lindo vulto de Isabela estava mesmo lá, diante dela, como num delicioso sonho. Adorável e apaixonante.
- Já acordou? – Isabela perguntou com um sorriso, sem desviar os olhos ruivos da pequena janela daquele vermelho quarto de hotel.
Vitória assentiu com um som confortável, porém sem nada responder.
- Não via a hora. O dia está lindo – Isabela completou, apagando o cigarro no cinzeiro do frigobar e virando o copo de vodka.
Vitória se ajeitou na cama e perguntou, tranqüila – Lindo, Isa? Cinza do jeito que está? E frio do jeito que parece estar?
Isabela se aproximou da cama e lhe fez um carinho nos cabelos totalmente desarrumados e desalinhados de Vitória – Está lindo como as coisas mais improváveis que possamos imaginar. Lindo como os seus olhos cinzas.
Vitória apenas sorriu e disse – Estou muito feliz. Muito mesmo. Queria que você soubesse.
Isabela respondeu com um brilho no olhar - Você está há pouco tempo no inverno do planeta. Já viu neve na sua vida, Vi?
- Não – respondeu, como uma criança ansiosa.
- Então levanta. Nevou durante a madrugada. A cidade é só neve.
Vitória levantou rapidamente a sua cabeça e deu um beijo espetacular em Isabela, com todo o amor que há e pode haver nessa vida.
- Realmente, o dia está lindo... – finalizou, ansiosa pela neve.

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