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Mostrando postagens de novembro, 2016

LIKE A WONDERFUL STONE.

Ela não sorria, não sonhava, não chorava. Nada. Impávida, séria, fria, direta. Apenas ela. Apenas ela. Queria mais do que isso, queria ser mais que isso. Queria muito mais. O mundo ao seu redor. Apenas o mundo. Linda como sempre, com seus olhos grandes e brilhantes e cheios de vida ela era seca. Não sorria, não sonhava, não chorava. Nada. Impávida, séria, fria, direta. Apenas ela. A exceção existia. Claro que existia. Quando o via. Apenas quando o via. Seus olhos brilhavam, seu corpor fraquejava. Sorria, sonhava, quase chorava. Discreta Impávida, séria, mole, apaixonada. Apenas ela. Pedras? São duras e difíceis. O seu coração? Mole para ele e duro para o resto do mundo. O que ela queria? Um puta beijo e um mega abraço no Clube Varsóvia. Deixar de ser tão dura. Aparentemente dura. Por culpa do amor. Dura e cruel apenas por culpa do amor.... Pedra dura. Coração mole. Pedra dura. Sujeita a mudança. Olhos lindos.

NOITE DE CHUVA

E ela chorava como uma criança mimada. Uma tola criança. Mimada. Como sempre foi. Sempre foi. Nem a vodka e nem a maconha e nem todas as pílulas a ajudavam mais. Nada. Nada mesmo. Nem a vodka e nem a maconha e nem todas as pílulas. E ela chorava encostada na parede com seu cigarro vagabundo acesso entre seus dedos, mas nada a ajudava. Apenas o copo na outra mão. Gordo. Repleto. Insano. Lá fora havia a chuva. Chuva? Sim. Uma porra de um temporal insano. Absolutamente fora de época, fora de contexto, fora de situação. Fora de estação. Mas adequado à ela. Absolutamente adequado. Gotas de celebração. Fumaça de cigarros ruins. Hálito de bebida barata. Vontade de beijos bons. Lindos. Generosos. Corações ensanguentados, mas não. Cinzas. Poeira. Noite. Chuva. E gota gordas. Apenas mais uma noite naquele apartamento horrível. Mais uma noite. Mais uma noite. O lar dela. O lar dela. Lar? Coração? Amor? Lar? O

ENCONTROS. DESENCONTROS.

Encontros? Encontros improváveis, encontros inusitados. Apenas... encontros. Encontros? Adoráveis. Mágicos. Surpreendentes. Inesperados. Inusitados. Encontros. Simples assim. Simples assim. Ainda que na porta do Clube Varsóvia e sua música insana gritando lá dentro. - Porra – ela disse, segura, antes de tomar mais um gole da sua cerveja – Faz tempo que não lhe vejo e falo com você. Ele sorriu. Silêncio. - Curioso – ela insistiu - O quê? – ele perguntou, após um trago. - Encontros. Reencontros. Desencontros. Idas. Vindas. Despedidas. Tudo. Tudo o mais. É algo absolutamente divertido. É a vida. A vida na mais pura e simples forma. Sumimos, Voltamos. Reaparecemos. Morremos. Nascemos. A vida é sempre boa, não? Inclusive trocar nomes. Ele sorriu, sabendo sobre o que ela falava. Definitivamente. Definitivamente. - Quer entrar? – ela perguntou com um sorriso. - E se dançássemos na calçada? – ele retrucou. - Mas não vai chover? – ela disse. Com

AGORA SIM TUDO FICA MAIS LEVE

Ele acordou de madrugada, ao som de trovões. Prenúncio de chuva. Prenúncio de tempestade. Prenúncio de tudo mais. Ele acordou de madrugada, ao som de trovões Fortes. Intensos. Assustadores. Ele acordou suado, nervoso, assustado. Pulou do sofá. Desespero e vontade de gritar. Sem som. Sem nada. Nada conseguiu sair. Sorte dos vizinhos e da noite. Ele se deu conta de que ela não estava lá. Não mais. Nem na cama e nem noutro sofá. Foi embora. Partiu. Sumiu. Há tempo suficiente de ele perceber. Perceber. Os trovões continuavam. A chuva? Briosa e paciente, teimava em começar. Não. Ainda não. Ele decidiu não mais dormir. Ao menos naquele momento. Acendeu um cigarro. Completou um copo de vodka e manteve a luz apagada. Sem luz. Sem som. Sem ela. Sem sentimento. Ele. E de todos os seus arrependimentos, o mais grave era não ter se despedido de forma adequada. Não ter se despedido com um baile com ela ao som de The Clash.

APENAS NADA

Nada o que se enfrenta. Nada o que se encara. Nada o que deseja. Nada. Nada. Mas ele a amava ainda assim. Louca. Doida. Escritora. O que fosse. Grana? Zero. Mas isso pouco importava. Ele ainda a amava muito assim. E nada é o que se enfrenta. Nada o que se encara. Nada o que deseja. Nada. Nada. Apenas o amor e sentimentos doidos. Apenas amor, e sentimentos muito doidos...

A LUZ VEM DA ONDE?

- Luz? – ela perguntou, toda doce, toda curiosa. Suave. - Sim – ele respondeu seguro, sincero e firme. Forte. - Da onde ela vem? Esta tal luz. Luz. Nada mais que luz. – ela perguntou de forma incrédula, insuspeita. Amor total. Amor incondicional. Ele a encarou com seus olhos verdes e grandes e gordos. Repletos de tudo o que se pode ter. Respondeu de forma direta e segura e forte – Ela vem daqui – e acariciou o centro do peito dela, de forma direta -  Do fundo do coração. Lá do fundo. Bem do fundo. - Mas e a luz? Vem da onde? Ela existe? – ela insistiu e perguntou novamente, toda doce, toda curiosa. Com amor. Com todo o amor. - Sabe da onde ela vem? – ele respondeu direto. Seco, com firmeza. Sem dúvida. Ela fez que não com a cabeça. Ela não respondeu. - Ela vem do seu coração, dos seus olhos, do seu amor. Simples assim. - Mas e a luz? – ela perguntou novamente, toda doce, toda curiosa. Apaixonada. - Sim – ele respondeu – Apenas a luz. E a noite se fez grand

DOR?

Dor? Da onde? Da onde veio? Da onde vem? Da onde? E desde quando? E desde quando? Dor? Forte. Muito forte. Mas apenas dor. Apenas dor. Muita dor. Que dilacera e corta. Que mata e consome. Consome demais. Dor. Joy Division e muito mais. Apenas e muita, mas muita dor. Muita dor. Muita... E a paixão destroçada nestas horas. O coração? Sofre ainda mais. Muita dor. Muito sangue. Muito nada. Dor? Da onde? Da onde veio? Da onde vem? E desde quando? Desde quando? Lágrimas de quem chora. Lágrimas de quem ama. Lágrimas de nada. Nada. Lágrimas de nada. Lágrimas de um amor mal usado. Apenas lágrimas. Desperdiçadas. Desperdiçadas...

DA ONDE???

Da onde surge? Da onde vem? Uma loucura? Insanidade? Uma força interna? Externa? Uma força? Ou nada disso. Nada disso. Ou apenas ou isso... ou apenas nada disso. Nada disso. Ele apenas queria ser feliz. Mas não. Não conseguia. Ela também. Ela também apenas queria ser feliz. Mas não. Não conseguia. Apenas não conseguia. E os beijos e a chuva e as notas de Frank Sinatra? Apenas ficavam lá fora. Enquanto ela e ele bebiam e fumavam, tolos, em seu apartamentos. Sozinhos. Apenas sozinhos, olhando as fotos antigas e rasgadas. E eles apenas queriam ser felizes. Mas não. Não conseguiam. Mas não é pedir demais.... Não é pedir demais.... Definitivamente não... Definitivamernte...