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Mostrando postagens de maio, 2018

ESTOCOLMO

- Estocolmo? – Bia perguntou surpresa - Estocolmo? – repetiu incrédula. Isa a olhou com ternura e encantamento. Sabia que Bia ainda era a pessoa mais adorável que ela já havia conhecido. A mais adorável. E estava triste por tudo aquilo. Muito triste. - Você é uma vaca – disse com raiva Bia. Muita raiva. Isa apenas sorriu trêmula. Nada disse. Não havia nada a dizer a não ser “sinto muito” e ela, Isa, não queria dizer isso. Definitvamente não queria. Não queria deixar Bia ainda mais triste. Ainda mais triste. - Vá se foder você e a sua Suécia. Vá se foder. Você e a porra da rainha brasileira que reina naquela porra. Isa a olhou com extremo carinho e disse sincera – Eu te amo. Sempre vou te amar. Sempre. Você me espera? – perguntou. Bia deu de ombros e começou a chorar ainda mais. Ainda mais. Isa se aproximou e fez um carinho nos cabelos longos de Bia – Adoro seu esmalte. Adoro. Muito. Nunca vi nada igual. E com seus dedos longos fica perfeito. Bia continuou a chorar

QUADRICULADOS

Ela era apenas taquicardia. Pura taquicardia e s uor frio. Suor frio. Tremores. Cigarros. Um atrás do outro. Um atrás do outro. O balcão daquele bar escondido no centro da cidade era pequeno demais para tanta ansiedade. Pequeno demais. O azul e branco dos azulejos nas paredes era demais. Demais. Assim como o quadriculado do piso. Como Santos Dumont no centro da cidade. O tanto que ela amava. Insano e bizarro, ainda mais que demais. Sinistro. O contrário de destro. E quem não sabe disto? Apenas os tolos que amam. Apenas os tolos que amam demais. Mas quem nunca amou demais? Quem? Sinistro. O contrário de destro. E quem não sabe disto? Apenas os tolos que amam. Apenas os tolos que amam demais. E ela deu mais um trago e mais uma tragada. Chorou. Soluçou. Quatro e meia da manhã. Ele? Ele? Ele não veio. Óbvio. Ainda mais uma vez. O que restou? Apenas batimentos cardíacos acelerados, suor frio e tenso, tremores nada le