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Mostrando postagens de abril, 2005
NADA O que você faz quando as luzes apagam? O que você simplesmente faz, quando as malditas luzes da cidade apagam e suas únicas companhias são os cigarros amassados e as memórias dos seus amores perdidos e fodidos? O que você faz? Ela dança (e com medo de enfrentar o espelho) E ele chora (e com medo de que as luzes voltem... muito medo) Eu? Eu apenas escrevo, até que a noite termine e meu coração volte a bater
HEY DJ (para quem não leu no VENUS IN FURS ) Os olhares cruzavam a pista de dança. Atmosfera impregnada de aromas, cheiros e odores. Bebidas, cigarros, perfumes, néon, fumaça, enfim, o aroma de todas as coisas preenchia o ambiente. Uma camada densa e espessa de pura rebeldia e diversão. E entre luzes e cores e incensos, os instintos acordavam espertos. Bastante espertos. E os olhares que antes apenas cruzavam a pista de dança, agora intimavam. Inevitáveis. Olhares fortes, carregados de volúpia, desejo e vontade. - Posso escolher uma música, señorita DJ? – pediu, caricata, a garota linda e de cabelos claros que se aproximou da cabine escura escondida no fundo da pista. A moça que comandava os vinis olhou curiosa, com seus pequenos e lindos e escuros olhos orientais. Emendou, descuidada – Desde que eu conheça, “señorita”, claro que pode - sorriu. A garota linda de cabelos claros retribuiu o sorriso, primeiro de forma infantil, quase pura, para logo em seguida tornar-se uma adolescente
Os textos abaixo foram escritos para duas pessoas especiais. Duas pessoas que são realmente especiais, sem precisar fazer nada em troca. E eu estava devendo estes textos. Há tempos. Só isso a dizer. Espero que gostem... (vocês e elas...)
PARA ISA SUPERMAN (Cinerama) “But you want something that I just can't provide I'm not a super hero; I just can't find a cloak and change That sounds more like a job for Superman Not the lazy slob that you think I am” Ela gostava de ficar naquela posição. Deitada de costas, apenas respirando e olhando para o teto do seu quarto amarelo, cheio de folhas com desenhos espalhadas pelo chão. Desenhos feitos à mão. Desenhos feitos de sonhos. Desenhos feitos de desejos. Desenhos feitos por seus dedos finos e deliciosos, que simplesmente adoravam o cheiro do nanquim e as manchas que a tinta deixava. Manchas. Marcas. Manchas. Marcas. E se sua vida tinha alguma espécie de marca ou de mancha, era apenas as manchas de suas vontades e de suas pirações. E as paredes amarelas transformavam-se em pequenos caleidoscópios multicoloridos, como um esboço de algum quadrinista sessentista, hippie gordo, entupido de substâncias lisérgicas. Um quadrinista velho, barbudo, cheio de rugas e cicatrizes
APENAS UM MOMENTO TOLO (E APAIXONADO) - Sabe o que quero? – ele perguntou, enquanto olhava bem para ela. - Não – ela respondeu, irônica. - Seus beijos e tudo mais – ele disparou, direto. Ela sorriu o mais doce dos sorrisos e abriu seus braços, devagar, como o encorajando a beijá-la por horas e horas e horas. E ele assim o fez. Aproximou-se com desejo e vontade e paixão e beijou aquela garota com toda a saliva e amor do mundo. E enquanto a beijava, suas mãos percorreram cada milímetro dos seus cabelos, do seu rosto, do seu corpo. E ele a beijou com vida, como se aquele momento fosse um dos mais importantes do mundo para ele. E não era? Claro que sim. Claro que era. A grande confirmação do amor para ele. A grande constatação do amor para ela. E a vida é tão melhor quando se ama assim... como dois adolescentes... Não concordam???
E QUEM DISSE QUE AS COISAS NÃO PODEM SER ASSIM? APENAS SIMPLES... - Pára! Ela ouviu a frase e virou a cabeça rapidamente. Queria saber de quem era aquela voz doce e suave, porém firme e ligeira, que havia dito a tal palavra para ela. - Pára! Assim – ele repetiu. Ela encarou o dono da voz com uma certa irritação. Apenas para disfarçar. Ele era lindo. Olhos escuros, cabelos pretos longos, um queixo quase barbado, regular e quadrado, e um sorriso sensacional. Estimulante. Aparentemente sincero e interessante. Ela apenas o encarou em silêncio, agora sem qualquer irritação disfarçada. Ele sorriu simpático, querendo quebrar o gelo – A posição do seu rosto daria uma foto. Um retrato lindo, sabe? Por isso pedi, quer dizer, quase mandei, né? Você ficar parada. Queria congelar o momento. Ela segurou um sorriso, apenas para querer parecer ser um pouco mais teimosa. Um pouco mais difícil. Ele ofereceu uma bebida. - Não sei o que está bebendo – ela disse – Como posso aceitar? Ele continuou com o co