GIMME DANGER – GIMME PLEASURE – GIMME LIFE
Ela dançava e dançava e dançava. Sem parar. Como se o mundo fosse explodir e somente as lendas sobrevivessem ao caos.
E, no meio da pista, tudo o que ela mais queria era ser uma lenda. Sobrevivente do caos. Uma estória de fogo, sangue, sêmem, gozo, batom, rímel, tequila, noite, vampiros, lua, cigarros e canções de amor, canções de horror.
E ela dançava e dançava e dançava. Puro desejo. Teenage kicks. Cada passo uma despedida, uma dança solitária de amor e morte e noite. O seu habitat. O seu lugar. O seu mundo. O seu cenário.
- Você é linda – ele disse, tentando interrompê-la, apenas para fazer parte do seu transe insano e adorável.
Ela o olhou e disfarçou um sorriso, sem nada dizer.
- Posso insistir? Você é linda – ele disse, oferecendo um Marlboro e começando a dançar ao lado dela.
Ela pegou o cigarro com seus dedos finos e suaves, habituados a tantos ensaios inacabados de piano e agradeceu, meio tímida, meio sexy – Obrigado