Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de março, 2003
...e hoje é um dia importante. Hoje é aniversário de uma pessoa que merece parabéns bem gritados...parabéns nicneven...muitas e muitas felicidades....você merece... um beijo
Por motivos totalmente alheios, precisei lembrar de uma coisa que escrevi há tempos atrás...muito tempo, aliás, mas que, espero, tenha sido útil hoje, de alguma forma... FEEDBACK SONG... Teve uma vez que eu perguntei para minha avó, pouco antes de ela morrer, o que era a morte. Ela me disse, toda sorridente, mesmo com o câncer já avançado, que morrer, mas morrer MESMO, era ter passado por aqui sem ter deixado nada. Sem ter deixado amigos, sem ter deixado alguém que se importasse realmente com você, sem ter deixado palavras doces, sem ter deixado um sorriso, sem ter deixado algum quadro pintado, alguma canção composta, algum conto escrito, sem ter deixado algum coração saudoso, sem ter deixado algum coração partido, sem ter tido uma grande paixão, sem ter sido feliz e, de alguma forma, ter feito os outros felizes também. Morrer era isso. Ir embora sem deixar nada. Nada. Eu retruquei, confuso e com um brilho nos olhos, dizendo que então ela não morreria, pois havia feito, co
A DOR DE OS OLHOS NÃO ENXERGAREM (ciúme) Já passava das duas da manhã quando ele decidiu sucumbir ao barulho daquela porra de telefone. Era a terceira vez que tocava no meio da noite durante aquela semana. E todas as vezes ele acordou e ele atendeu e ele não obteve resposta. Não era ninguém. Aliás, era alguém. Alguém muito próximo e alguém que ele conhecia bem, mas que se limitava a respirar e a não se identificar. Ele já não sabia mais o que fazer. Não sabia mais o que dizer. Ele apenas queria que aquele martírio acabasse e ele pudesse, enfim, dormir em paz e seguir a sua vida. Mas o barulho do telefone durante a madrugada era implacável. - Alô – ele disse, com a voz afogada em sono. Apenas silêncio foi a resposta. - Alô. Porra, porra, porra – ele gritou - Será que dá para você ligar para cá e ao menos dizer alguma coisa Mariana? Caralho. Será que vou ter que passar o resto das minhas madrugadas tendo que atender aos seus telefonemas insanos e insensatos. O que você aind
eu estou MORRENDO de saudades de todos vocês...mas será que ainda alguém quer ler o que escrevo? :) Espero que sim e estou aqui só para dizer que estou com problemas demais e idéias demais e tempo de menos...mas eu vou escrever...AMANHÃ...prometo...amanhã... Me aguardem... Adoro todos vocês...de verdade...
...e eu prometi escrever sobre coisas que machucam, coisas homicidas, coisas suicidas, coisas chatas como inveja / desprezo / cigarro / bebida / amores perdidos / ciúme / tédio...Já escrevi sobre três delas. E vou incluir traição, atendendo a pedidos...e vou escrever sobre o ciclo sorrisos, também atendendo a pedidos. Alguma sugestão sobre os temas?
VOCÊ NÃO PROMETEU NÃO ME DEIXAR SOZINHA? (DESPREZO) Ela chorava sem parar. Chorava como uma criança perdida. Uma criança totalmente sem noção de onde estava. Ela chorava de uma forma desesperada. De uma forma dolorida. Como se estivesse andando sobre uma fina camada de gelo, pronta para rachar. Ela não tinha a quem ligar, a quem chamar, a quem pedir, a quem escrever. Ela não tinha ninguém. E ela também não tinha nada. Ela não tinha nada além das suas lágrimas e das suas memórias e das suas fotos antigas e dos seus pensamentos, que, todavia, era o que ela mais procurava evitar naquela tarde chuvosa e nublada e cinza e fria de inverno. Pensamentos. Pensamentos e memórias. Doces e distantes memórias, que a faziam chorar sempre que retornavam à sua mente. E ela chorava sem parar. Com aquele maldito bilhete na mão. Um pedaço de papel amassado dizendo adeus. Um manifesto ao desprezo. A pior sensação que alguém pode sentir...ser desprezado...cruelmente, sem poder se defender...
A ÁGUA TURVA PODE VIRAR GELO? (BEBIDA) - O que você quer comigo? ela perguntou, ansiosa e com pouca paciência. - Nada, eu só quero que você me dê um sorriso. É muito? – ele retrucou, com um olhar longo. - Quer saber a verdade? É pedir muito sim. É pedir algo que está além das minhas forças, da minha vontade, do meu saco. É pedir mais do que eu estou ou jamais estive disposta a te dar. É pedir algo que eu não quero fazer. Principalmente fazer por você. Um idiota, um babaca, que acha que pode envolver as pessoas com essa conversa mole, irritante, recheada de frases feitas e de situações hipotéticas exaustivamente revistas na sua mente doentia, de forma a que nada dê errado para você. Nunca. Estou farta de você. Farta. Já te dei todas as chances e você parece que sempre quer mais. Sempre quer mais, como uma forma de me testar. Uma forma de querer saber até onde eu agüento. Uma forma de me esgotar exaustivamente. Cansei disso. Cansei do seu jogo. Cansei de você, dos seus vícios,
...e percebam que esse será o último final de semana do verão. Aproveitem, curtam, relaxem, beijem, divirtam-se, enfim, façam valer a pena...é muito bom...e cuidado. Nunca sabemos quem vai nos ligar...
BETTE DAVIS (INVEJA) Aquele era o último final de semana do verão. E ela estava toda feliz. Finalmente havia encontrado um alguém interessante para ficar, beijar, curtir e namorar durante o verão. E isso era bom. E isso era raro. Ela não era muito boa na arte de se dar bem, sentimentalmente falando. E não era feia ou desagradável. Longe disso. Sabia conversar sobre diversos assuntos, lia, ouvia música, ia ao cinema, pintava, enfim, era uma mulher interessante. Tinha consciência disso. Mas era insegura e talvez esse fosse o seu maior mal. Insegurança não combina com verão – costumava dizer sua amiga Bia – Nem com homens – pensou, enquanto arrumava umas fotos no seu quarto. Por isso estava feliz em ter encontrado Edu. Feliz como há tempos não se sentia. Feliz como poucas vezes se sentiu. E no meio de todos esses pensamentos o telefone tocou e ela voltou ao mundo normal. - Alô – disse, animada, na esperança de que fosse Edu, mudando de idéia quanto a programação noturna. - O
a partir de amanhã vou escrever (diariamente, espero) sobre sete coisas que machucam...uma coisa por dia...para todos os homicidas e suicidas que existem e repousam dentro de nós, no mais absoluto íntimo... coisas que machucam: inveja / desprezo / cigarro / bebida / amores perdidos / ciúme / tédio ...espero que eu consiga...espero que gostem...
DEPOIS DA TEMPESTADE (inspirado e semi-escrito por...bem não há necessidade de dizer. Não mesmo) E ele acordou cedo aquela manhã. Muito cedo. Talvez em razão do barulho da tempestade que estava para começar. O barulho dos raios e trovões estava assustadoramente alto. O vento também parecia querer derrubar e destruir a janela do quarto. Ele não sabia o que estava acontecendo. Tateou na cama e percebeu que ela não estava lá. Percebeu que ela havia deixado a cama há muito tempo, uma vez que o lado em que ela costumava dormir já estava bastante frio. Ele não percebeu que ela havia saído durante a madrugada. Não percebeu nada. Ele nunca percebia, não é mesmo? Chamou por ela enquanto se levantava, mas percebeu, pela ausência da sua bolsa, que ela havia ido embora. Levantou e sentiu uma tontura. Levantou rápido demais. Olhou pela casa toda e não a encontrou. Encontrou apenas um pequeno pedaço de papel deixado sobre o aparelho de som, preso entre um cd dos Smiths e um tape do Placebo.
DANÇANDO RITMOS DESCONHECIDOS E VISITANDO LUGARES INÉDITOS - Tudo o que eu quero é ficar aqui sentada, pensando em coisa alguma além desse mar, desse sol, dessa brisa, desse calor... - ... e desses homens bronzeados maravilhosos que circulam para lá a para cá, não Clarisse? – a interrompeu Melissa, já toda alegre pelos “litros” de cerveja que havia tomado desde que estava na praia. Sorrindo pela piada da amiga, Clarisse emendou – Não. Definitivamente não estou com a menor vontade de pensar em homens. De qualquer espécie ou natureza ou tamanho ou cor ou, seja lá o que for. Não estou afins. Mesmo. - Quem diria, a maior destruidora de corações do universo envolta em um manto de ódio e revolta, apenas pelo singelo motivo de ter experimentado um dos mais sensacionais “pés na bunda” de todos os tempos – ironizou. - Eu não tomei um “pé na bunda” querida. Eu DEI um “pé na bunda”. É bastante diferente. E aquele canalha bem que mereceu – disse, firme, Clarisse. - Sei. Depende do pon
THE LONG AND WINDING ROAD E por quais caminhos é mais fácil andar sem encontrar sofrimento de qualquer espécie? E por quais caminhos é mais fácil andar sem encontrar encruzilhadas erradas de toda a sorte? E por quais caminhos é mais fácil andar sem encontrar pedras que nos façam ter vontade de colocá-las nos bolsos antes de nos atirarmos em um rio? E por quais caminhos é mais fácil andar sem encontrar pessoas más, pessoas egoístas, pessoas egocêntricas, pessoas invejosas, pessoas sem caráter, pessoas que nos queiram fazer sofrer e chorar e desesperar e querer morrer. E por quais caminhos devo andar? Espero que seja pelo meu. Espero que seja pelo caminho que estou trilhando agora. Mas, não sei, de qualquer forma pressinto que vou precisar de muita sorte...muita sorte mesmo.
E, de repente, ele pôs-se a escrever e a escrever e a escrever e a escrever...não queria perder mais tempo. Tinha muitas idéias e tudo lhe parecia valer a pena...tudo...melhor deixar a viagem registrada então...
MARVIN GAYE Às vezes nada parecia que dava certo para ela. Nada. Todas as coisas com que ela havia sonhado foram perdidas no tempo. Ela já estava com trinta anos e não imaginava que chegaria a essa idade da forma como chegou. Sem nada. Sem sonhos, sem desejos, sem lucidez, sem vontade, sem esperança, sem a porra de um grande amor, sem um cachorro, sem a coleção completa dos álbuns do Marvin Gaye, sem estar feliz. Havia feito outros planos para tudo isso. Outros planos. E onde eles estavam agora? Por onde andavam aqueles sonhos tão doces e delicadamente construídos por aquela garota linda, de olhos pretos e pequenos, no auge de seus onze, treze, dezesseis, dezoito, vinte, vinte e poucos anos? Por onde eles vagavam? Ela queria saber, muito embora já soubesse a resposta. Então ela não queria saber? Queria. Queria muito. Mas a verdade é que ela preferia que alguém lhe cuspisse a resposta no rosto a ter que admitir a verdade. A verdade de que todos aqueles sonhos e desejos foram jog
PEQUENAS MÁGICAS - Vou fazer uma mágica – ele disse, todo feliz. - Vai me trazer ele de volta? – ela perguntou, triste. - Infelizmente não. Pensei apenas em provocar alguns sorrisos – ele retrucou, com um brilho no olhar. - Já é algum começo – ela disse, abraçando-o com ternura.
PESSOAS QUE MATAM BLOGS... Hey moça, então VOCÊ matou seu blog? Não, não, não...VOCÊ sabe que eu fico muito triste com isso. Havia qualidade nele. Você também sabe disso...nos dois, aliás...pensei que fosse apenas um problema do blogspot...mas não...você qquer fazer o favor de voltar? E rápido hein? Humpf...
UM DESEJO, APENAS UM... - Te dou três chances – ela disse, sorrindo muito, um dos seus mais belos sorrisos. - Deixe-me adivinhar o que pode ser – ele disse. – Um disco, cheio de rock and roll e diversão? - Não, você sabe que eu detesto música. Segunda chance. - Um livro. Um belo livro que me prenda como você costuma fazer com o seu olhar. Ela sorriu, tímida, e respondeu, com os olhos já um tanto tristes – Terceira chance. - Um cartão postal de Berlin, a cidade que me espera pelos próximos dois anos. Ela disfarçou o choro com as suas mãos pequenas e emendou – Não. Perdeu a terceira chance. Ele a observou sério e perguntou – Não vai me dizer o que era? Ela olhou para as pessoas que dançavam animadas no Clube Varsóvia e disse, seca – Apenas um beijo e esse bilhete pedindo para você ficar – completou, rasgando o papel – Me pede uma cerveja, por favor? - Claro – ele respondeu. E ficaram lá, apenas sentados, conversando sobre o passado, sem presente ou qualquer chance de futur
A CONTRACAPA DO ALMANAQUE DOS SONHOS... Ele estava sentado no chão frio, ao lado da cama, totalmente no escuro. Ele fumava um cigarro e a brasa rala do mesmo era o único fiapo de luz que podia ser percebido no quarto. Ele sentia um vazio quase indescritível. Nada de sono. Ausência total de vontade de dormir. Ele estava muito desperto. E desesperado. Sabia que havia errado e Puta que pariu, eu sempre erro – pensava. Estava de saco cheio disso. Já fazia três semanas e ele, todos os dias, tinha vontade de ligar e se desculpar e saber como ela estava. Pensava que poderia apagar todos os erros que cometeu, todas as besteiras que disse, todo o medo que sentiu, apenas com um telefonema. Ele queria de volta a vida dela. Para poder dormir em paz ou para faze-la efetivamente feliz? Não sabia a resposta. Ao menos não naquela noite escura. Não naquela noite.
Então ELA, A PERDIDA, resolveu ser má o suficiente para acabar com o seu BLOG . Bem, eu detestei isso...sentimento de perda sabe? Não gosto desse tipo de surpresa. Mas, de qualquer forma, ela vai ficar aqui nos meus favoritos, por muito tempo...porque ela merece...
USE OS HEADPHONES, POR FAVOR - MANHÃ DE CARNAVAL E ele ainda estava com os ouvidos zunindo em virtude do barulho e da agitação daquela multidão, somado ao fato de que ele consumiu vários litros de álcool e dezenas de cigarros. E tudo numa noite só. E ele estava cansado. Muito cansado, porém feliz. O sol estava quase nascendo e todos da casa já deviam estar dormindo, exaustos. Inclusive ela, desmaiada de sono e bebida. Mas ele não. Ele estava lá, acordado, à beira da piscina, pensando e pensando e pensando e desejando que o sol levasse horas para nascer. Que a bonita pintura do sol nascendo naquele horizonte cinza durasse por horas e horas. Somente para que ele pudesse sorrir. Sorrir ainda mais. Mas ele sabia que isso não ia acontecer. O dia estava nascendo, independente da sua vontade, as pessoas iriam acordar em breve e eles iriam embora daquele sítio para suas vidas ordinárias e rotinas comuns. Mas antes disso, ele sabia que ela iria lembrar do seu beijo roubado e da sua decl
ALMANAQUE DOS SONHOS E ela acordou sorrindo, quase gargalhando. Feliz. Toda feliz. Era a primeira noite em semanas que havia dormido bem. Sem sonhar com ele. Não sabia ao certo se isso era bom ou ruim, mas estava aliviada. De fato ela estava aliviada. Como se estivesse livre de um peso. Um grande incômodo. Como se tivesse cortado um pedaço ruim da sua vida. Um pedaço ruim que ela queria muito esquecer. Tomou banho e depois preparou um café bem forte e amargo, apenas para se certificar que não mais estava sonhando. Que finalmente a sua vida havia voltado para ela. Até que enfim...