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Mostrando postagens de abril, 2017
CORNUCÓPIA DE NUVENS E TROVÕES Abundância de desejos, de sonhos e de vontades. Abundância do que se pode e do que não se pode ter. Muitas vezes não. Muitas, mas muitas vezes não. Uma abundância de nada. Nada. - Eu te amo, sabia? - ela disse direta, reta e objetiva. Ele arregalou os olhos, tomou um gole da sua vodca e ficou em silêncio. Um trago no cigarro na sequência. - Não vai responder nada? - ela insistiu. Ele continuou em silêncio apenas deixando as gotas da chuva que explodiam na janela manifestarem. A voz era delas. O barulho e o encanto era delas. Nenhumas das bobagens que ele iria falar. - Você é um babaca - ela completou -  Nem sei o que faço aqui - concluiu. Ele tomou mais um gole da sua bebida e disse de forma pausada, certeira, direta - Claro que te amo. Muito. Mas fico triste de você me amar. Não merece tanta estupidez. Não merece um babaca como eu. Ela suspirou pesadamente e disse - Idiota. - Foge de tudo. Da vida, dos amores, das pessoas. Um verdadeiro imbecil. E
    ESCREVER, ESCREVER E ESCREVER.     Tudo o que ela fazia era isso. Além de ir beber no Clube Varsóvia e ouvir músicas indies no celular com aqueles malditos fones de ouvido na cor branca, ela sempre estava no Varsóvia. Sempre. No Clube. Varsóvia. Sempre com companhias erradas. Sempre com bebidas erradas. Sempre com cigarros errados. Errados. Sempre. Daquele jeito. Tudo o que ela fazia era isso. Beber no Clube Varsóvia e ouvir músicas indies no celular com aqueles malditos fones de ouvido na cor branca. Fones de ouvido na cor branca. E ela sempre estava no Varsóvia. No Clube Varsóvia. Companhias erradas, bebidas erradas, drogas erradas. Tudo errado e muito mais. Tudo errado e muito mais. Tudo errado. Muito errado. Tudo o que ela fazia era isso. Coisas erradas. E no Clube Varsóvia. Sempre. Sempre. E o amor? Ele sempre existiu. E ela sempre sorriu. Ao menos
    CANSADO. CANSAÇO. SÓ EU.     Cansado de ser burro. Cansado de ser ele. Cansado de ser só ele. Só isso. Só ele. Só isso. Só nada. Nada. Um burro. Um nada. Nada. Mas cansado... Cansado de ser burro. Cansado de ser apenas ele. Cansado de ser só ele. Só isso. Só ele. Um nada. Nada. E aí ele. Uma noite fria, um beijo uns carinhos e nada mais. Nada mais... Nada...? Mais... Mas...
CÉU CINZA. MUITO CINZA É isso. O céu está totalmente cinza. Repleto de nuvens e cores assim. Cinza. Cores cinza. Quase pretas. Quase nada. Quase nada. Quase ele. Quase tudo. - E você gosta? -  ele perguntou,,após um gole de vodka e um cigarro acesso. Um grande cigarro acesso. Ela sorriu e respondeu - Do que? Tenho que gostar de algo? - De dias cinzas. De chuva. De noite. Noite ao longo da tarde. Cinza. Sombrio. Ela sorriu e disse - Gosto de cigarros, do Clube Varsóvia, e... Ele sorriu e emendou -  De mim? Ela gargalhou e respondeu - Gosto de cigarros, do Clube Varsóvia e de dias cinzas. Presunçoso. Meninos bonitos não vou dizer. Caíram na gargalhada. Muito amor, muito tudo, muito eles. Apenas uma noite de chuva. E o Varsóvia merece... Muito...
TUDO É isso. Tudo. Nada mais que isso. Nada mais que Nada. Nada. Tudo. Tudo é mais que nada. Nada mais que tudo. Afinal ninguém lê. Ninguém sabe. Ninguém sabe de tudo. Tudo. Ou nada... Um resto de pólvora no gatilho. De tudo serve. De nada vale. Nada... Tudo... Absolutamente nada. Absolutamente tudo. Tudo? Mas um beijo? Este vale. Muito e muito e muito. Vale tudo. Um grande beijo não técnico. Cheio de amor. Repleto de paixão. Inundado de tesão. Deles. Apenas deles. E das tatuagens, batons e marcas no corpo. Repleto deles... Deles. É isso. Tudo. Tudo mais que isso. Nada mais que tudo. Tudo. Nada. Tudo mais que tudo. Tudo mais que tudo. Afinal ninguém lê. Ninguém sabe. Ninguém sabe de nada. Nada. Um resto de pólvora no gatilho. Um desejo e uma tatuagem a brilhar. Bendita Lua e seu poder de reflexo. Seu poder de reflexo..... Reflexo.... ...
NADA É isso. Nada. Nada mais que isso. Nada mais que tudo. Tudo. Nada. Nada mais que nada. Nada mais que nada. Afinal ninguém lê. Ninguém sabe. Ninguém sabe de nada. Nada. Um resto de pólvora no gatilho. De nada serve. De nada vale. Nada... Absolutamente nada. Ninguém sabe de nada. Nada? Mas um beijo? Este vale. Muito e muito e muito. Um grande beijo não técnico. Cheio de amor. Repleto de paixão. Inundado de tesão. Deles. Apenas deles. E das tatuagens, batons e marcas no corpo. Repleto deles... Deles. É isso. Nada. Nada mais que isso. Nada mais que tudo. Tudo. Nada. Nada mais que nada. Nada mais que nada. Afinal ninguém lê. Ninguém sabe. Ninguém sabe de nada. Nada. Um resto de pólvora no gatilho. Um desejo e uma tatuagem a brilhar. Bendita Lua e seu poder de reflexo. Seu poder de reflexo..... Reflexo.... ...
TUDO É isso. Tudo. Nada mais que isso. Nada mais que tudo. Tudo. Nada mais que tudo. O valor que lembra tudo. O tudo. O amor que lembra o todo. Todo. Nada mais que o todo. O amor que lembra o todo. Todo. O amor que lembra o sempre. O sempre. Nada mais. Nada mais. Mas... tudo... Nada mais que isso. Nada mais que tudo. Tudo. Nada mais que tudo. O valor que lembra tudo. Beijos, cortes, sabores e vontades. Muitas vontades... Tudo. Todas. As vontades... Todas as vontades. Todas as vontades. Tudo. Nada mais que isso. Nada mais que tudo. Tudo. Nada mais que tudo. Nada mais que todas as vontades. O valor que lembra tudo. O valor que lembra todas as vontades. Tudo. Todas. Vontades. Beijos. Delírios. E vontades... todas as vontades... Todas as vontades...
UM BOLINHO DE CHUVA E UM CAFÉ CURTO   - Patrícia? - ele perguntou, todo ansioso, todo covarde, todo ele. Apenas um chamado. Nada mais. Nada mais que isso. - Patrícia? - ele insisitiu. Ela virou para trás, tremendo só de reconhecer aquela voz rouca, aquela voz dele, aquela voz óbvia  que ela conhecia tão bem. E ficou em silêncio. E ele? Ficou com o olhar perdido. Muito perdido. - Patrícia? - ele repetiu incauto, sem modo, sem jeito e sem nada. Um tolo. Um absoluto tolo. - Patrícia? - ele repetiu. Ela sorriu sem vontade e disse - Você já disse meu nome muitas vezes. Acho que basta. Ele abaixou a cabeça sem graça. Não retrucou. Ela se arrependeu. Ele também. Não respondeu. - E então - ela disse. - E então? Você pode me dizer uma coisa? - ele aproveitou a deixa. Ela o olhou com surpresa. Muita surpresa. - Posso? - ele repetiu, ansioso. - Sim - ela concordou com as palavras, os olhos e a cabeça. - Quer tomar café curto e comer uns bolinhos
    VIDA QUE NÃO VAI... Vida que não segue. Vida que não... nada. Vida... Apenas isso. Apenas isso. Uma vida. Inútil. Apenas inútil. Uma vida... que não vai. De forma alguma. De forma alguma... Uma vida que não segue. Uma vida que não vai. Não... Não vai... Vida que não segue. Vida que não... nada. Vida... Apenas isso. Apenas isso. Uma vida. Inútil. E quem não é inútil? Apenas para saber... Apenas para saber... Saber...
ENTÃO...   Então, estou assim. Então, estou só. Muito só. Apenas eu. Apenas eu. Só. Com um bando de babacas ao lado. Um bando. Só. Apenas eu e nada mais. Nada mais. Um bando de babacas ao lado. Um bando. Então, estou assim. Então, estou só. Muito só. Apenas eu. Apenas eu. Só. E uma garrafa de vodka polonesa ao meu lado. Uma boa vodka polonesa. Muito boa. Muito. Cheia de graus e de desejos e de delírios e de vontades e de sonhos. Muitos sonhos. Então, estou assim. Então, estou só. Muito só. Apenas eu. Apenas eu. Só. E algum piano sendo dedilhado ao longo da vizinhança. Ao longo da vizinhança. Roupas íntimas? Apenas lingeries sexys e roupões de seda e espartilhos de pin up. Alguém precisa de mais? Então, estou assim. Então, estou só. Muito só. Apenas eu. Apenas eu. Só. Sem lingeries e nem pianos e nada mais. Apenas eu. Apenas eu... Eu...  
  E ELE? ELE NADA SABIA E MUITO MENOS SABIA O QUE DIZER... MUITO MENOS... O QUE DIZER...     - Nada? - ela perguntou irritada - Nada? - insistiu. - Nada - Nada a dizer? - repetiu. Ele ficou em silêncio. Silêncio absoluto. Um moleque. Um moleque. Apenas um moleque total. Total. Silêncio total. Absoluto... Sorte, sorte dos torcedores, de todos que estavama à volta... - Eu dizia um monte de bobagens, não? - ele tentou. Ela meneou a cabeça e apenas concordou. Nada disse. Nada. Apenas meneou a cabeça. - Nada? - ela repetiu irritada - Nada? - Nada - Nada a dizer? Ele ficou em silêncio. Silêncio absoluto. Um moleque. Um moleque. Total. Apenas isso... E as imagens e mosaico e linda daquele filmea invadiam a sua mente. Cores, formas, diálogos e tudo mais. Tudo mais... Tudo... Mais...