Ela era apenas taquicardia.
Pura taquicardia e suor
frio.
Suor frio.
Tremores.
Cigarros.
Um
atrás do outro.
Um
atrás do outro.
O
balcão daquele bar escondido no centro da cidade era pequeno demais para tanta
ansiedade.
Pequeno
demais.
O
azul e branco dos azulejos nas paredes era demais.
Demais.
Assim
como o quadriculado do piso.
Como
Santos Dumont no centro da cidade.
O
tanto que ela amava.
Insano
e bizarro, ainda mais que demais.
Sinistro.
O
contrário de destro.
E
quem não sabe disto?
Apenas
os tolos que amam.
Apenas
os tolos que amam demais.
Mas
quem nunca amou demais?
Quem?
Sinistro.
O
contrário de destro.
E
quem não sabe disto?
Apenas
os tolos que amam.
Apenas
os tolos que amam demais.
E
ela deu mais um trago e mais uma tragada.
Chorou.
Soluçou.
Quatro
e meia da manhã.
Ele?
Ele?
Ele
não veio.
Óbvio.
Ainda
mais uma vez.
O
que restou?
Apenas
batimentos cardíacos acelerados, suor frio e tenso, tremores nada leves,
cigarros e vodka barata, bem barata.
E a
tranquilidade de quem foi esquecida.
Para
sempre.
Para
sempre...
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