INSÔNIA (SONHOS: CANÇÕES DE NINAR DO INFERNO)
- Anne? Anne...
A voz explodiu como uma bomba israelense.
A voz explodiu como uma bomba e invadiu o seu sonho.
Rasgante. Afiada como uma faca.
E ela nem percebeu da onde veio. Acordou assustada. Acordou perturbada. Desesperada.
Gotas gordas de suor escorriam pelo seu rosto. Tez linda. Pálida. Branca como a neve que ela jamais viu.
Olhou para o relógio e não acreditou. Duas e meia.
- Porra. Duas e meia - pensou, querendo morrer.
Havia acabado de deitar. Nem vinte malditos minutos. Nem meia maldita hora. Nada.
Apenas uma voz bastou. Uma maldita lembrança. Mais uma noite em branco. Em claro. Acordada.
Sono? Que sono?
- Anne? Anne...
Ela olhou ao redor, como querendo entender. Ela olhou ao redor como querendo esquecer.
Esgotada, foi até cozinha.
Copo de água gelada não mata a dor.
Decidiu ir para a sala e ligar o rádio. Péssima idéia. Lovesongs da madrugada são arsênico para corações fodidos. Lullabies malditas.
O silêncio da noite, sem dúvida, era melhor opção.
E enquanto buzinas e putas e carros e viciados e travestis e canalhas e pessoas legais vibravam madrugada além, ela tentava, jogada no sofá velho, apenas dormir.
Apenas dormir...
E conseguiu. Depois de quase uma hora.
Até a voz retornar.
A maldita voz que ela conhecia tão bem.
- Anne? Anne...
... desculpa. Não há amor nenhuma mais. Definitivamente.
Acordou como se estivesse sufocando.
e ela voltou a chorar pela milésima vez nos últimos dias...
...pela milésima vez na última vida...
- Anne? Anne...
A voz explodiu como uma bomba israelense.
A voz explodiu como uma bomba e invadiu o seu sonho.
Rasgante. Afiada como uma faca.
E ela nem percebeu da onde veio. Acordou assustada. Acordou perturbada. Desesperada.
Gotas gordas de suor escorriam pelo seu rosto. Tez linda. Pálida. Branca como a neve que ela jamais viu.
Olhou para o relógio e não acreditou. Duas e meia.
- Porra. Duas e meia - pensou, querendo morrer.
Havia acabado de deitar. Nem vinte malditos minutos. Nem meia maldita hora. Nada.
Apenas uma voz bastou. Uma maldita lembrança. Mais uma noite em branco. Em claro. Acordada.
Sono? Que sono?
- Anne? Anne...
Ela olhou ao redor, como querendo entender. Ela olhou ao redor como querendo esquecer.
Esgotada, foi até cozinha.
Copo de água gelada não mata a dor.
Decidiu ir para a sala e ligar o rádio. Péssima idéia. Lovesongs da madrugada são arsênico para corações fodidos. Lullabies malditas.
O silêncio da noite, sem dúvida, era melhor opção.
E enquanto buzinas e putas e carros e viciados e travestis e canalhas e pessoas legais vibravam madrugada além, ela tentava, jogada no sofá velho, apenas dormir.
Apenas dormir...
E conseguiu. Depois de quase uma hora.
Até a voz retornar.
A maldita voz que ela conhecia tão bem.
- Anne? Anne...
... desculpa. Não há amor nenhuma mais. Definitivamente.
Acordou como se estivesse sufocando.
e ela voltou a chorar pela milésima vez nos últimos dias...
...pela milésima vez na última vida...
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