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APENAS UM GUARDA CHUVA VERMELHO E AZUL... E MUITO MAIS DEBAIXO DELE....


- Tudo bem? – ele perguntou impreciso, quase certo, todo tímido.

Ela apenas sorriu. Nada respondeu.

- Tudo bem? – ele insistiu e emendou – Vai chover o mundo esta tarde. Tem guarda chuva? – perguntou todo bobo, todo tolo.

Ela permaneceu em silêncio, acendeu um Marlboro e ficou quieta. Totalmente quieta.

- Você não sabe falar? – ele provocou – Fala algo, porra! – quase gritou.

Ela deu um nova tragada e o encarou profundamente.

- Diz – ele pediu.

- Você é um babaca – ela respondeu – Um completo e grande babaca. Um tremendo imbecil – emendou.

Ele ficou puto.

- Quem você pensa que é? – ela perguntou, arrogante.

- Vai chover hoje, sabia? – ele disse, bem idiota – Você tem guarda chuva? – perguntou.

Ela sorriu, deu de ombros e apenas respondeu – Não. Me dá carona? – perguntou.

Ele sorriu.

E foram.

Na praia, na chuva e debaixo do mesmo guarda chuva azula e vermelho.

Apenas felizes.

Tem algo melhor?????

Tem?


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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,