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AMBOS QUERIAM... AMBOS


E ambos queriam chegar a algum lugar.
Ambos.
Ele.
Ela.
Os dois. Eles.
Eles.
Ela.
Ele.
Ambos queriam chegar.
A algum lugar.
A algum lugar.
Suor.
Corrido.
Apaixonado.
Misturado.
Com história.
Com a história deles.
Dos dois.
De ambos.
E ambos queriam isso.
Ou o mais próximo disso.
Mais próximo disso.
Ambos queriam chegar a algum lugar.
Ambos.
Ele.
Ela.
Os dois.
Ou seja, eles.
Apenas eles.
Lutas.
Forças.
Cores.
Cortes.
Socos.
Tapas.
Sangue.
E tudo o mais.
Ambos queriam chegar a algum lugar.
Ambos.
Ambos mesmo.
Ele.
Ela.
Os dois. Eles.
Apenas eles.
E, no fim, apenas a dança acabou.
A música deixou de tocar.
Ele?
Ela?
Não.
Nenhum dos dois.
Ambos sentaram e choraram.
Sentaram e choraram.
Derrota e a vontade que ambos queriam chegar a algum lugar.
Ambos.
Ele.
Ela.
Os dois. Eles.
Não chegaram.
Não...
Não...
mesmo.

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,