- Engano?
Como assim engano? – ele perguntou nervoso, áspero, com raiva. Muita raiva.
Muita. Muita raiva. Muita paixão. Paixão. Debilitada. Moribunda.
Ela
concordou com a cabeça e nada disse. Apenas tentou sorrir. Não conseguiu.
- É
isso? – ele insistiu, tentou, procurou.
Sem
efeito.
Sem
nenhum efeito.
Ela?
Inerte.
-
Foi um engano? – ele perguntou – É isso? – repetiu.
Ela
assentiu com a cabeça ruiva.
Nada
mais disse.
Ele
também não.
Enganos?
Acontecem.
Dores?
Ainda
mais.
E
nada é o que já foi um dia.
Depende
dos lábios.
Depende
dos lábios...
AURÉLIO
ENGANO
1 - Ato ou efeito de enganar.
2 - Artifício empregado para enganar.
3 - Ilusão.
4 - Burla, logro.
5 - Traição.
6 - Erro de quem se engana.
7 - levar ao engano: desflorar, desvirginar.
3 - Ilusão.
4 - Burla, logro.
5 - Traição.
6 - Erro de quem se engana.
7 - levar ao engano: desflorar, desvirginar.
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