Mãos.
Suaves e delicadas mãos.
Subiam e desciam as suas pernas, explorando, investigando, descobrindo, enfim, circulando sem nunca chegar aonde deveriam.
Aonde deveriam...
Mãos.
Suaves e delicadas. Como se fossem luvas. Finas e adoravelmente suaves.
Nunca chegavam ao destino.
Nunca.
Por mais que se suplicasse por isso.
Por mais...
As mãos, doces, delicadas e suaves, circulavam pelas coxas fortes e deliciosas, virilha, barriga, umbigo, costas, nuca, pescoço, orelhas, lábios, pés com as unhas bem e deliciosamente pintadas, enfim, tudo.
Chegavam a tudo e a todos os lugares, mas NUNCA ao destino.
Dedos longos, dedos ágeis, dedos deliciosos.
Mas lentos.
Lentos demais.
Lentos demais para os desejos dela.
A vontade, o tesão e o desejo dela.
Mãos.
Suaves e delicadas mãos.
Querendo e conseguindo obter o desejo, o tesão, a ânsia, a excitação, enfim, a vontade de foder.
Mãos.
Suaves, delicadas e ágeis.
E muito bem usadas.
Muito bem usadas.
Ela tremia ao senti-las.
Muito.
Muito mesmo.
E ela nunca chegava ao lugar em que ela queria.
Lentas demais.
Mãos?
Não. Lábios.
O beijo que ELAS se deram foi fantástico.
Cena de cinema.
Cena de amor.
Cena de paixão.
Apenas isso.
Cena real.
Os dedos?
Ah, elas não lembraram deles.
Ao menos naquele momento.
Os lábios foram mais importantes...
Muito mais....
Muito mais...
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