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SUAVE É A NOITE

- Sabe o que eu mais queria, nesta noite? – ela perguntou, animada, enquanto observavam o céu cheio de estrelas brilhantes.
- O quê? – ele respondeu.
- O que eu mais queria era ser uma espécie de astronauta lunática, para poder brincar de esconde-esconde nas estrelas.
Ele sorriu e disse, carinhoso – Romântica, hein? Esconde-esconde nas estrelas... nunca pensei nisso.
- Mas seria ótimo não? – ela disse sorrindo.
- Sabe o que eu mais queria, nesta noite? – ele retrucou, com receio.
- Adoraria saber – ela completou.
Ele olhou fixamente para as estrelas e nada disse.
- Então – ela insistiu.
- Nada. Não queria nada além do que já tenho.
- E posso saber o que você tem de tão importante assim?
- Você fala demais, sabia? – ele brincou, para depois beijá-la carinhosa e devastadoramente, dispensando palavras. Apenas dispensando palavras.


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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.

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