Ela sentia
saudades.
Muitas.
Muitas
saudades.
Saudades do
que viu, saudades do que ouviu, saudades do que viveu, saudades dele.
Apenas
saudades.
Saudades dele.
Do que ele
foi.
Do que ela
foi.
Do que eles
foram.
Saudades de
beijos bem grudados.
Saudades de
tirar a roupa sem nem contar até dez.
Saudades.
Mas, na verdade, ela tinha saudade era dela mesma.
A menina charmosa e repleta de esperança que ela
sempre foi.
Que ela sempre foi.
Antes de ele a destroçar.
E se sentir saudades?
Fazer o quê?
Ligar ou escrever para quem sempre te admira.
Sempre e sempre te admira.
Ainda mais numa noite de chuva no Clube Varsóvia.
Ainda mais assim.
Numa cinzenta noite de chuva no Clube Varsóvia.
Apenas saudades...
Saudades...
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