Pular para o conteúdo principal



INVERNO? NÃO EXISTE INVERNO SEM NEVE...

E, depois da porrada violenta que a vida lhe deu na boca do estômago, bem na boca do estômago, ela resolveu dar um "foda-se". resolveu que tudo o que ela mais queria era viver. Depois de todos aqueles cansativos dezoito anos, ela queria apenas viver. E foda-se quem lutasse contra ela. Ela queria ser viva. Queria sair com os amigos, queria dançar a noite toda, queria deitar na cama e dormir, queria sorrir, queria quebrar portas com socos, queria quebrar garrafas aos cacos, queria desprezar quem a desprezava, queria beber até cair, queria fumar o que quisesse, queria olhar para quem quisesse, queria foder quem não a entendesse, queria, enfim, apenas ser feliz. Assim, de uma só vez e tão de repente. Ela queria viver a sua vida. naquela tarde chuvosa de início de inverno, no escuro do seu quarto, ela percebeu isso. Percebeu que o frio estava apenas começando...e ela iria enfrentá-lo de frente, com certeza...para o bem ou para o mal...para o bem ou para o mal...



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,