O GUARDA SOL COLORIDO
- Ei, olhe por onde pisa – ela gritou, a tempo de evitar que aquele garoto com cara de perdido esmagasse os seus novos escuros escuros.
Ele a encarou meio sem jeito e sem saber o que estava acontecendo e não respondeu nada.
- Não olha por onde anda não? – ela prosseguiu, agora mais calma, mas ainda querendo briga.
- Desculpa, desculpa. Mas também, porra, convenhamos que não dá para ficar largando óculos de qualquer jeito numa praia lotada né? Qualquer idiota como eu, por exemplo, pode pisar neles – retrucou, sorrindo.
Ela o olhou com atenção e reparou como ele era lindo. Muito bonito mesmo. Claro que não aquela beleza normal, de capa de revista, afinal isso só acontece nas merdas das novelas e tal, ele era apenas dono de uma beleza que a agradava e muito. Ele era dono de uma beleza absolutamente normal, absolutamente simples, absolutamente cotidiana.
- Então, tô desculpado? – ele perguntou, querendo rir da situação.
- Relaxa, cara. Eu é que ando estressada demais e pareço uma metralhadora basculante – ela disse, querendo aliviar.
- Estressada? Na praia? – ele disparou, irônico - Com todo esse sol e esse mar e esse bronze e esse colorido e esses preços absurdos e essa multidão de pessoas enlouquecidas, querendo matar o primeiro que as impedir de desfrutar de um pequeno pedaço do paraíso no meio de todo esse inferno? Não vejo razão para isso – sorriu.
Ela sorriu também daquele jeito tolo de ele ridicularizar as férias de todos e disparou – Mas você também está aqui, não? Então posso imaginar que não esteja nos seus melhores dias.
- Aí é que você se engana – ele respondeu – Aí é que você se engana. Nós sempre podemos conhecer pessoas adoráveis em meio ao caos, como essa praia, por exemplo.
- Posso saber porquê?
Ele sorriu seu olhar mais bonito, mais encantador, mais delicioso - Eu adoro guarda-sóis coloridos, sabia? – ele disse, apontando para o guarda-sol que estava ao lado dela.
- Eu também, por isso mesmo é que esse é só meu – ela respondeu.
- Eu tinha certeza disso. Certeza. Quer uma cerveja – perguntou.
Ela sorriu e apenas consentiu com a cabeça.
Assistindo aquele garoto lindo se perder em meio ao “mar” de pessoas naquela praia infernal, ela sorriu em silêncio e apenas adorou quase ter perdido o seu novo modelo de óculos escuros.
- Ei, olhe por onde pisa – ela gritou, a tempo de evitar que aquele garoto com cara de perdido esmagasse os seus novos escuros escuros.
Ele a encarou meio sem jeito e sem saber o que estava acontecendo e não respondeu nada.
- Não olha por onde anda não? – ela prosseguiu, agora mais calma, mas ainda querendo briga.
- Desculpa, desculpa. Mas também, porra, convenhamos que não dá para ficar largando óculos de qualquer jeito numa praia lotada né? Qualquer idiota como eu, por exemplo, pode pisar neles – retrucou, sorrindo.
Ela o olhou com atenção e reparou como ele era lindo. Muito bonito mesmo. Claro que não aquela beleza normal, de capa de revista, afinal isso só acontece nas merdas das novelas e tal, ele era apenas dono de uma beleza que a agradava e muito. Ele era dono de uma beleza absolutamente normal, absolutamente simples, absolutamente cotidiana.
- Então, tô desculpado? – ele perguntou, querendo rir da situação.
- Relaxa, cara. Eu é que ando estressada demais e pareço uma metralhadora basculante – ela disse, querendo aliviar.
- Estressada? Na praia? – ele disparou, irônico - Com todo esse sol e esse mar e esse bronze e esse colorido e esses preços absurdos e essa multidão de pessoas enlouquecidas, querendo matar o primeiro que as impedir de desfrutar de um pequeno pedaço do paraíso no meio de todo esse inferno? Não vejo razão para isso – sorriu.
Ela sorriu também daquele jeito tolo de ele ridicularizar as férias de todos e disparou – Mas você também está aqui, não? Então posso imaginar que não esteja nos seus melhores dias.
- Aí é que você se engana – ele respondeu – Aí é que você se engana. Nós sempre podemos conhecer pessoas adoráveis em meio ao caos, como essa praia, por exemplo.
- Posso saber porquê?
Ele sorriu seu olhar mais bonito, mais encantador, mais delicioso - Eu adoro guarda-sóis coloridos, sabia? – ele disse, apontando para o guarda-sol que estava ao lado dela.
- Eu também, por isso mesmo é que esse é só meu – ela respondeu.
- Eu tinha certeza disso. Certeza. Quer uma cerveja – perguntou.
Ela sorriu e apenas consentiu com a cabeça.
Assistindo aquele garoto lindo se perder em meio ao “mar” de pessoas naquela praia infernal, ela sorriu em silêncio e apenas adorou quase ter perdido o seu novo modelo de óculos escuros.
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