BATOM ROSA
Ela estava toda desajeitada sobre a cama, sentada em diagonal, toda louca, toda afoita, toda cena, pintando as unhas dos pés. Apenas uma toalha envolvia os seus longos cabelos molhados. A cena era delírio. O esmalte escorria entre os dedos e manchava os seus dedos pequenos, finos, estreitos. Definitvamente, Eva, a manicure da esquina tinha muito mais prática. Mas quem se importava? Ela ouvia uma canção, uma balada. Estava sozinha em casa. O telefone tocou. Insistente. Ela não atendeu. Sabia quem era, sabia o que queria. Ela pouco se importava com quem a chamava.
Ela apenas se importava com os seus vinte e poucos anos e com a cor do seu esmalte. Esmalte vivo que deveria, sem a menor sombra de dúvida, apenas combinar com o tom do seu batom rosa.
Ela estava toda desajeitada sobre a cama, sentada em diagonal, toda louca, toda afoita, toda cena, pintando as unhas dos pés. Apenas uma toalha envolvia os seus longos cabelos molhados. A cena era delírio. O esmalte escorria entre os dedos e manchava os seus dedos pequenos, finos, estreitos. Definitvamente, Eva, a manicure da esquina tinha muito mais prática. Mas quem se importava? Ela ouvia uma canção, uma balada. Estava sozinha em casa. O telefone tocou. Insistente. Ela não atendeu. Sabia quem era, sabia o que queria. Ela pouco se importava com quem a chamava.
Ela apenas se importava com os seus vinte e poucos anos e com a cor do seu esmalte. Esmalte vivo que deveria, sem a menor sombra de dúvida, apenas combinar com o tom do seu batom rosa.
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