Ela estava apaixonada.
Muito apaixonada.
Muito.
Escrevendo seus textos tolos, bobos, idiotas.
Textos inúteis.
Textos imbecis e sem sentido.
Sem o menor sentido e sem a menor revisão.
Mas.... ela seguia escrevendo.
E ela vivia assim.
Escrevendo e escrevendo e escrevendo.
Os seus textos tolos, bobos, idiotas, imbecis e delicadamente apaixonados.
E ela estava apaixonada.
E muito.
Muito apaixonada.
Muito.
Por quem?
Alguém do Clube Varsóvia?
Alguma loura sueca divina?
Alguma asiática de enlouquecer?
Alguma russa?
Algum russo?
Alguém de verdade?
Não.
Ninguém sabe.
Ninguém viu.
Mas era a mais pura verdade.
Ela apenas estava apaixonada.
E muito.
Muito
E, no final das contas, ela só queria escrever e tocar seu contrabaixo e ser feliz.
É pedir muito?
Contrabaixo?
Sim.
Não.
Definitivamente não.
O que virá depois?
Ninguém sabe.
Ninguém sabe.
Muito menos ela.
Muito menos ela...
Apenas a certeza do gosto pelas palavras mal escritas, os acordes mal tocados e os passos errados.
O resto que se foda.
Simples assim...
O resto que se foda...
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