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SOTAQUE?


Sotaque gordo, sotaque largo.
Sotaque intenso.
Lindo.
Jeito de falar lindo.
Delicioso.
Cheio de nuances, cheio de detalhes, cheio dela.
Voltas e voltas nos sons.
Lindo.
Cheio dela.
Assim como as suas coxas.
Assim como as suas tatuagens.
Lindas e largas.
Intensas.
Divinas.
Deliciosas.
Inimagináveis.
- E você? – ela perguntou – Está bem?
Ele sorriu e não respondeu. Ficou em silêncio. O seu silêncio habitual. Gostava de ouvir a voz dela.
Rouca e nova e cheia de detalhes.
Deliciosa.
Especial.
E ele apenas adorava ouvir.
Ouvir.
O sotaque gordo, o sotaque largo. Fluminense.
Intenso.
Delicioso.
Assim como as suas coxas.
Deliciosas e tatuadas.
Assim como suas tatuagens.
Lindas e largas.
E, neste momento, uma conversa por telefone vira algo a mais.
Muito mais...
Muito mais...
E um sorriso se faz.
Simples assim.

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,