Pular para o conteúdo principal

OS QUADROS


Botas e quadros e passos e sonhos perdidos.

Muitas botas.

Muitos sonhos.
Mais do que o necessário de quadros.
Muito mais.

Mais do que o suficiente de passos.
Mais quadros.
Menos passos.

Muito mais.

Muito tudo.

Mais de tudo.

Muito tudo.

Muitos.

Muitas.

Cores.

Muitos?

Muitas...

Muitos desejos e palhaços e cores.

Muitas.

E muitos?

Calores.

Desejos.

Vontades.

Vontades?

Sim, vontades.

Vontades e sonhos e de sonhos perdidos.

Muitos sonhos.

Muitas vontades.

Muito.

Muito de tudo.

Muito demais.

Demais.

Mais do que se precisava.

Mais do que o necessário.

Sonhos.

Desejos.

Cores.

Calores.

Lábios.

Molhados.

E inchados.

Lábios apaixonados.

Lábios...

Muitos.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,