- Você não é homem?
- ela perguntou.
Ele ficou sem graça.
Silêncio.
Mortal.
Denso.
Tenso.
Ele nada disse.
- Não é? – ela perguntou novamente – Responde
caralho. Seu imbecil.
Silêncio.
Mortal.
Denso.
Tenso.
E ele, ainda mais uma vez, nada disse.
- Idiota – ela praguejou, ríspida, após mais um
gole da sua cerveja.
- Imbecil – ela insistiu.
E ele nada disse por instantes e após algum tempo
respondeu – Tem uma canção que diz assim...
“...
Qual
a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer
maneira de amor vale aquela.
...”
Eu sei que voc~e só ouve punk e rock, mas eu posso
ser imbecil, mas ainda amo. Não sou tão tolo assim – disse.
- Amo o que tem que ser amado – finalizou.
Ela olhou para o alto e disparou – Qual a palavra
que nunca foi dita? “Imbecil”. Tá bom para você? – preguntou.
Ele nada disse. Apenas sorriu.
Mas com ternura ela prosseguiu – Mas você é foda.
Um imbecil adorável e de quem não posso ficar longe. Nunca. Nunca mesmo.
PAULA
E BEBETO
Milton
Nascimento
Vida
vida que amor brincadeira, vera
Eles
amaram de qualquer maneira, vera
Qualquer
maneira de amor vale a pena
Qualquer
maneira de amor vale amar
Pena
que pena que coisa bonita, diga
Qual
a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer
maneira de amor vale aquela
Qualquer
maneira de amor vale amar
Qualquer
maneira de amor vale a pena
Qualquer
maneira de amor valerá
Eles
partiram por outros assuntos, muitos
Mas
no meu canto estarão sempre juntos, muito
Qualquer
maneira que eu cante esse canto
Qualquer
maneira me vale cantar
Eles
se amam de qualquer maneira, vera
Eles
se amam e pra vida inteira, vera
Qualquer
maneira de amor vale o canto
Qualquer
maneira me vale cantar
Qualquer
maneira de amor vale aquela
Qualquer
maneira de amor valerá
Pena
que pena que coisa bonita, diga
Qual
a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer
maneira de amor vale o canto
Qualquer
maneira me vale cantar
Qualquer
maneira de amor vale aquela
Qualquer
maneira de amor valerá
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