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VELUDO AZUL


E ele adorava veludo.
Adorava veludo, bebidas, músicas boas e lingeries.
E mulheres com pouco espaço nas costas entre tatuagens.
E ele adorava veludo.
E grafite.
Adorava o cheiro do batom e o gole de saliva que insistia em roubar dela.
Línguas.
Dedos.
Pele.
Unhas.
Cheiros.
Perfumes.
Veludo.
- Posso? – ele perguntou.
Ela concordou com a cabeça, trêmula.
Úmida.
A sua mão invadiu as suas pernas longas.
Longas pernas de uma dama.
Suspense antes de atingir o objetivo... deixá-la louca.
Lingerie?
Não havia mais.
Corpos?
Dois.
E ele adorava veludo.
Adorava veludo, bebidas, músicas boas e lingeries.
Mas... gostava mais de mulheres lindas e nuas.
Machista?
Nunca.
Canalha?
Talvez.
Mas um canalha sempre respeitando o toque. Sempre respeitando o toque do veludo azul no veludo... rosa.
Rosa e úmido.
Com cheiro de flores, vinho tinto e uma noite inesquecível.
Ele adorava veludo.
Ela?
Ainda mais... ainda mais.
E sonhos?
Os melhores para todos nós...
Todos...



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NUCA

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APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,