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SUPERNOVA.
- Música velha hein? Típica de um velho tarado - ela provocou.
Ele apenas sorriu.
Ela corou com a piada imprópria.
Ele também.
- Não. Nada tarado. Apenas um velho. Um velho - ele emendou. - Champagne Supernova. Música velha, de velhos, mas bonita.
- Bem, Ok. Mas de tarado - ela respondeu provocativa, ainda mais afiada.
Ele nada disse.
Ela gargalhou.
- Deixa de ser bobo - ela disse - Estou apenas brincando - completou.
Ele tomou um gole de vodca e ficou em silêncio. Queria achar um cigarro.
Nada.
- Deixa de ser bobo - ela insistiu - Estou enchendo o seu saco - disse - Aliás - emendou - Saco que eu queria comigo aqui e agora.
Ele ficou roxo.
Ela não.
- Champanhe? - ela provocou.
Ele sorriu.
Nada disse.
Apenas sabia que mesmo ao telefone estava no lugar certo, com a conversa certa e coma pessoa certa.
Um brinde.
Um brinde a quem é de brindes.
Um abraço a quem é de abraços.
Um beijo...
A que é de beijos....

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NUCA

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