Pular para o conteúdo principal

SUPERNOVA.
- Música velha hein? Típica de um velho tarado - ela provocou.
Ele apenas sorriu.
Ela corou com a piada imprópria.
Ele também.
- Não. Nada tarado. Apenas um velho. Um velho - ele emendou. - Champagne Supernova. Música velha, de velhos, mas bonita.
- Bem, Ok. Mas de tarado - ela respondeu provocativa, ainda mais afiada.
Ele nada disse.
Ela gargalhou.
- Deixa de ser bobo - ela disse - Estou apenas brincando - completou.
Ele tomou um gole de vodca e ficou em silêncio. Queria achar um cigarro.
Nada.
- Deixa de ser bobo - ela insistiu - Estou enchendo o seu saco - disse - Aliás - emendou - Saco que eu queria comigo aqui e agora.
Ele ficou roxo.
Ela não.
- Champanhe? - ela provocou.
Ele sorriu.
Nada disse.
Apenas sabia que mesmo ao telefone estava no lugar certo, com a conversa certa e coma pessoa certa.
Um brinde.
Um brinde a quem é de brindes.
Um abraço a quem é de abraços.
Um beijo...
A que é de beijos....

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,