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FOTOS. APENAS FOTOS. NEGATIVOS E NADA MAIS.


- Fotos? - Ela respondeu surpresa, rápida, ágil, sem avisar, sem pensar. Do nada. Respondeu sem pensar. Apenas sem pensar e avisar. E sem falar nada mais profundo. Nada. Simples assim.
Como um negativo apenas respondeu sobre as fotos.
As fotos que ele havia pedido.
Inadvertidamente.
- Isso - ele reiterou e disse mais uma vez - Fotos. As nossas fotos. Das nossas viagens e de tudo mais - Eu queria algumas. Adoro lembrar de você no Uruguai, Argentina, enfim, adoro lembrar de você na vida. Seus cabelos congelados. Lindos e congelados. Tenho direito a uma ou duas? - ele perguntou
Ela sorriu e disse - Sabe de uma coisa? Sempre me odiei nas nossas fotos. Não saio bem.
Sorriram.
Fotos?
Momentos e detalhes.
A vida deles eternizada em um negativo ou em um pendrive.
Simples.
Simples e romântico.
Simples assim.

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,