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SEM CHÃO. APENAS SEM CHÃO...


- Eu? Eu não sei. Não sei de porra nenhuma - ele respondeu cândido, doce e suave - Definitivamente não. Não sei - prosseguiu..
- Não? Você não sabe, seu filho de uma puta. Cretino dos infernos - ela prosseguiu - Como não? - insistiu.
Ele apenas sorriu.
Ela não.
Definitivamente, ela não.
Nada.
Ele sim.
- Eu? - ele repetiu - Eu não sei. Não sei de porra nenhuma - respondeu ainda mais cândido, ainda mais doce e ainda mais suave - Definitivamente não. Não sei.
- Não? Você não sabe? - ela proferiu - Seu filho de uma puta. Cretino dos infernos. Como não? - insistiu.
Ele ficou sem graça.
Ela ficou sem chão.
Nada.
Nada voltaria ao normal.
Nada.
Ela?
Ele?
Quem haverá de saber.
Quem?
Ele ficou sem graça.
Ela ficou sem chão.
Nada.
Apenas nada.
Nada voltaria ao normal.
Nada.
Nada...
E eles?
Apenas um puta beijo e a falta de chão.
Falta de chão.
Falta de chão...
Como se flutuassem.
Sem gravidade.
Nenhuma gravidade.
Exceto pelos seus atos.
Exceto por isso.


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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,