O TUDO. O NADA.
- Você é um imbecil, sabia? - ela disse, direta, cruel e rude. Raivosa e raivosa.
Nada mais que isso.
- Posso saber a razão? - ele perguntou sem saber ao certo o que queria dizer. Sem saber ao certo o que queria escutar.
Sem saber nada.
- Imbecil. Entende? - ela insistiu - Você é um canalha e um imbecil - continuou.
- Não sou - ele tentou se defender - Não sou - disse.
- Beijar e ficar com aquela vaca? - ela gritou - Com aquela vaca? Justo com ela? - repetiu e insistiu.
- Olha... - ele tentou justificar e prosseguiu - Não sei o que aconteceu. Erros, erros e erros. Eu te amo - concluiu.
- Vá se foder - ela gritou - Vá se foder - repetiu, aos gritos.
Ele começou a chorar e nada disse.
Ela começou a chorar e nada disse.
Dois apaixonados.
Dois errados.
Dois.
Dois para o tudo e dois para o nada.
Erros.
Apenas assim.
Apenas assim...
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