“... Foi tanta força que eu fiz por nada Para tanta gente eu me dei de graça Só prá vc eu me poupei ...” - Credo, como você é mórbido – ela disse sincera e assustada. Irritada. Muito. - É? – ele perguntou irônico e com a dose certa de sarcasmo – Tem razão. Toda a razão. Ninguém pode usar uma música dos Heróis da Resistência como referência de vida. Falta de pudor total. Total. Minha penitência. Falha minha. Absoluta. Total. Ela discordou com a cabeça, fechando os olhos azuis e balançando os seus lindos cabelos vermelhos – Não. Não é isso. É outra coisa. Ele tomou mais uma dose da sua vodka e a olhou curioso. Perguntou – Não entendi. Como assim? Ela acendeu mais um cigarro e disse sincera – Não sei. Simplesmente não sei. Você gosta de errar? Você gosta? Você insiste em errar? – perguntou. Ele balançou a cabeça e nada disse. - Vai, seu merda. Responde – ela insistiu – Você faz de propósito? Erra sempre e erra tanto, mas tanto assim de propósito? Para chamar ...