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Mostrando postagens de maio, 2017

NÃO SEI.

Não sei se te amo. Não sei se demais. Não sei de nada. Nada. Não sei. Mas te amo. E você sabe. Desejo, delírios e tudo mais. Não sei se te amo. Não sei se demais. Muito, pouco ou o suficiente. O adequado. - Quer uma bebida? - ele perguntou sob a música insana do Clube Varsóvia. Ela apenas sorriu e concordou com a cabeça, com seus lindos cabelos dourados e cumpridos. Lindos. Desejo, delírios e tudo mais. Tudo mais. A noite acabara de começar... Começar...

ÁGUA...

 Água. Por todos os lados, por todos os cantos, por todos os poros. Todos. Água. Muita água. Água demais. Água que infla, que irrita, que arde, que queima. Que mata. Que salva. Água. Muita água. E ele queria saber do beijo, da saliva, dos toques, dos truques, de tudo. O momento certo de alisar o cabelo dela. O momento certo de piscar. De beijar. De sorrir. Apenas o momento certo. E, cores? Sim. todas as cores. Todos os sabores. Todos os aromas. Todos os amores. Toda ela. Toda ela. E ele? Apenas queria beber água. Muita água. Garganta e lábios muito secos. Tudo. Ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo. Cores. Todas as cores. Todos os sabores. Todos os aromas. Toda ela. Toda ela. Toda ela... ...

FRAGRÂNCIAS E PERFUMES

Perfume. Fragrâncias. O aroma do perfume. O aroma das fragrâncias. Raso, ralo, penetrante, impactante. Memórias, desejos e vontades. Aroma. Puro aroma. Que o fazia lembrar dela. De cada fio de seu cabelo. Aroma que o fazia lembrar dela. Cada fio. Cada fio um sonho. Um desejo. Uma vontade. Perfume. Fragrâncias. O aroma do perfume. O aroma das fragrâncias. Raso, ralo, penetrante, impactante. Memórias, desejos e vontades. Vontade dela. E de seu perfume. Perfume... Que ele nunca sentiu. Nunca sentiu...

TUDO.

- Nem sempre é tudo assim, não? - ele perguntou, todo bobo, meio sério. Todo bobo. - Não - ela respondeu direta, sorrindo ao som de New Order e do DJ do Clube Varsovia e algumas doses de vodka. Felicidade. Nada com nada. Nada com ela. Nada com ele. Nada com eles. Nada. - Nem sempre é tudo assim, não? - ele pergunto novamente, ainda mais bobo, ainda mais sério. ainda mais bobo. - Não - ela respondeu novamente e de forma direta, sorrindo ao som de The Smiths e do DJ do Clube Varsovia e algumas doses de vodka. Felicidade. E vodka... Muita vodka... E nem sempre tudo é assim. Tudo é do jeito que tem que ser. Do jeito que ser que ser.... Para o bem... Ou para o mal... Seja o que for...

PERNAS

Pernas grandes, pernas grossas. Tatuadas. Cariocas. Lindas. Pernas de uma menina. Nada moça. Nada moça. Adulta. Pernas grandes. Pernas grossas. Tatuadas. Lindas. Fluminenses. As pernas dela. Deliciosas. E ele? Pobre tolo. Apenas sonhava em tocar. Ele? Pobre tolo. Apenas sonhava em beijar. Pernas grandes. Pernas grossas. Tatuadas. Lindas. As pernas dela.... Dela...

TODAS AS OUTRAS COISAS

- Pernas? - ela perguntou áspera, irritada, brava, sob o barulho do Clube Varsóvia. Entre um gole e outro de vodka. - Só te importam as pernas? - ela insistiu. - E todas as outras coisas? - ela perguntou. Ele apenas sorriu e tragou o seu cigarro vagabundo. - E então? - ele perguntou - Pernas? Ela sorriu e disse - Sim, pernas. Lindas, grossas, bronzeadas e tatuadas. As minhas pernas. As minhas pernas. Ele deu um trago em seu cigarro um gole da sua vodka e disse - Que eu adoro. Ela sorriu. - E que jamais vou tocar- ele emendou - Jamais. Ela apenas sorriu sob o barulho do Clube Varsóvia. Entre um gole e outro de vodka. Entre um gole e outro de pernas...