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Mostrando postagens de fevereiro, 2003
POSSO PEDIR DESCULPAS? Eu vou atualizar isso aqui...estou no meio de uma tempestade de coisas para fazer e não tem sobrado muito tempo para fazer o que gosto...escrever, por exemplo...mas eu prometo escrever e amanhã, antes do carnaval, postar um conto sobre isso, inclusive, carnaval... Alguém espera?
MANDANDO BEIJOS hey pessoas…obrigado. Lógico que não vou desistir por causa de um e-mail babaca. Aliás, pouco me importa a média de visitas. Isso realmente não me importa. Me importa é alguém perder o tempo para me encher o saco. Mas vocês são ótimos amigos e adoro vocês por aqui. E isso é MUITO legal. E vocês sabem quem VOCÊS são...beijos a todos...e me fazem sorrir...sempre...thanx...so, let´s go to the paradise babies...right now...adoro vocês... ...olha a estrada que temos pela frente...melhor começar a viagme logo, né?
SMILES Eles não paravam de rir. Estavam absolutamente enlouquecidos naquela noite. Tudo era motivo de risadas cúmplices, de sorrisos bobos, de piadas adoravelmente nonsense. Eles estavam felizes. Estavam contentes por terem um ao outro. Por terem um ao outro e estarem lá, juntos, ouvindo aqueles discos legais, fumando aqueles cigarros amassados, escutando o barulhinho bacana da chuva no quintal. E eles caíam na gargalhada, apenas de olhar um para o outro. Eles riam como se nada mais importasse além de uma boa paixão e estar bem e feliz. E enfim a noite morreu e o sol chegou, brilhante e histérico, como se estivesse sorrindo também...
POSSO NÃO DESISTIR? eu escrevo esse blog há quase sete meses. E não é fácil escrever estórias, desenterrar memórias, abrir segredos...e sabe o que recebo no e-mail? "Hey, sua média de visitas é tão baixa...você acha que alguém se interessa? Que alguém quer ler o que escreve? "...e eu preciso responder e pensar que sim. Não importa se é uma, duas ou três pessoas...quem perde um minuto do seu precioso dia entrando aqui é uma pessoa muito importante para mim...uma pessoa muito especial...porque quer saber o que escrevo e não há felicidade maior do que essa... obrigado...espero não desistir tão fácil assim...
LOVE BURNS - Desculpe, eu esqueci o seu nome... - ele disse, tímido - Cristine - ela respondeu animada. - Desculpe. Sou péssimo com nomes. Mas sou bom fisionomista. E dificilmente eu me esquecerei de você. Também, com esses olhos... - Olhos de que espécie? - Lindos - ele disse, sorrindo. - Obrigado. Você é gentil. - E você é linda. E essas tatuagens são lindas... - Você não quer tomar mais uma vodka? - ela perguntou - Melhor não. Ela já deve estar saindo do banheiro e você sabe, tenho que levá-la para casa. Amanhã acordamos cedo. - Bem, você é quem sabe - ela respondeu, com um olhar atrevido. Ele apenas sorriu e disse - Cristine...não esquecerei esse nome. - Espero que não - ela disse - Espero que não...
NINGUÉM NUNCA SE IMPORTA...NUNCA Ninguém se preocupava com ele, muito embora o mundo sempre esperasse que ele resolvesse os seus problemas. Todos os seus problemas. E, no fundo, ele queria que todos explodissem. O mundo, os seus amigos egoístas, sua família egoísta, enfim, todos, todos aqueles que esperavam que ele conseguisse carregar um peso muito maior do que aquele que ele efetivamente podia suportar. Ele queria que o mundo soubesse que ele era capaz de chorar, capaz de sofrer, capaz de não ser capaz. Ele apenas queria ser normal e poder ser carente de vez em quando. Será que isso era pedir demais? Sua melhor amiga dizia, com frequência, que ele só não nasceu anjo por acaso e por algum engano divino. Quer saber? - ele pensava - Fodam-se os anjos...simplesmente fodam-se todos eles...
NADA - Não chora - ele pediu - Por que? - ela perguntou - Apenas para você se sentir melhor? ...e ficaram lá, em silêncio, por horas e horas e horas...apenas escutando a noite.
REGANDO AS FLORES COM LÁGRIMAS Ele apenas queria expressar o seu amor de alguma forma. Ainda que ela não o entendesse. Ele queria demonstrar que a amava verdadeiramente. Queria demonstrar que se importava com ela, que pensava nela, que queria o seu bem, a sua felicidade, o seu sorriso. Queria demonstrar todo esse amor, fosse através de uma pintura, de uma música, um poema, um cartaz, uma faixa, uma pichação, um cd, o que fosse. Ele apenas queria que ela soubesse. Ele apenas queria que ela soubesse que ele a amava. E ele esperou. Esperou e esperou e esperou o momento que ele julgou apropriado. E tal momento finalmente apareceu. Só que tudo deu errado. O estrago foi feito, não havia remédio e já era tarde demais para voltar atrás. Tarde demais. E ele resolveu que não iria chorar. Decidiu que o mundo poderia muito bem se foder. Preferiu ir ao Clube Varsóvia dançar e dançar a noite toda, como se o amanhã fosse algo simplesmente inexistente. Como se o amanhã fosse uma planta
SENDO ALVO E GOSTANDO DISSO...MESMO SEM SABER A RAZÃO Ele estava sentado em um balcão de uma padaria no centro da cidade, perto do seu trabalho. Havia saído tarde aquela noite. Já passava das três horas da manhã. E como era sexta feira e a semana tinha sido “metal pesado” e ele já estava cansado disso, após anos e anos de trabalho, decidiu que Deus lhe autorizara a tomar algo bastante alcoólico naquela noite. Apenas para sorrir um pouco - justificou. - Você tem isqueiro? – ela perguntou - Não. Não fumo – ele respondeu para a garota que lhe havia feito tal pergunta. - Nem eu, por isso não tenho isqueiro – ela retrucou Diante de tal comentário ele afastou os seus óculos e virou lentamente os seus olhos para a direita, de forma a observar melhor a moça que havia lhe pedido o tal isqueiro. Devia ter um pouco mais da metade da sua própria idade. - Não fuma? Então porque diabos me pediu um isqueiro? – ele disse - Porque eu estou precisando fumar a porra de um cigarro – re
O QUE VOCÊ VAI FAZER QUANDO DEIXAR DE SER TRISTE? - O que você vai fazer quando deixar de ser triste? – ela perguntou, assim, rápida e certeira, enquanto acendia um cigarro. - O quê? – ele respondeu. - O que você vai fazer quando deixar de ser triste? – ela insistiu – É uma pergunta simples. - É Elvis Costello isso, não é? - Exato. Uma de suas belas canções – ela respondeu – Aprendi isso assistindo a peça “A Vida é Cheia de Som e Fúria” sobre aquele filme Alta Fidelidade, do carinha que amava música mais do que tudo na vida. E me surpreendi como a frase dessa música combina com você. - Por que você acha isso? Sou triste? Muito triste? - Não o tempo todo, mas o tempo suficiente para me deixar preocupada com você. - Eu não sou triste – ele mentiu – E não precisa se preocupar. - Olhe, eu sou sua amiga há praticamente dez anos e tudo o que eu sei é que você é uma pessoa maravilhosa, cheia de vida, com ótimas idéias, com bom gosto, com bom humor, enfim, com tudo o que é mini
LINHAS OCUPADAS OU OS IDIOTAS É QUE SÃO? - Alô - ele disse, assim que atendeu ao telefone - Alô - uma voz tímida, feminina, respondeu do outro lado da linha - Eu gostaria de falar com o Eduardo. Ele está? - Quem quer falar? - a voz masculina perguntou - Uma amiga antiga dele. Ana. Ele está? Após alguns segundos de silêncio, ele disse, parecendo animado - Ana? Ana? AnaHoney? Do colégio São Carlos? Não acredito...é o Edu que está falando. Você é a Ana? A MINHA Ana? - Oi - ela retrucou, completamente sem graça. - Não acredito! Fantástico. Como você está? Bem? Há quantos anos não nos falamos. Que surpresa boa. - Fiquei feliz que você reconheceu. Feliz mesmo. Como está? - Bem, bem. E você menina? O que anda aprontando? Ela hesitou por alguns instantes e respondeu - Nada. Eu apenas estava resgatando alguns amigos antigos. Algumas pessoas queridas. Precisava conversar com elas. Entende? Eu apenas precisava conversar com pessoas amigas. Seu pai me deu esse telefone. - Fico
USE O HEADPHONE, POR FAVOR PLACEBO - COME HOME Ela estava quietinha, encolhida no canto do quarto. Estava anoitecendo e as luzes estavam apagadas. Não havia ninguém em casa. Ainda bem. Ela não queria ser incomodada por nada nesse mundo. E nem por ninguém. Nem que o planeta explodisse e virasse pó cósmico, ela queria ser tirada do seu quarto e da sua escuridão e da sua vida. O som rolava sem parar alguma canção antiga, no melhor estilo início dos anos sessenta, que ela nem sabia qual era. Ela colocou o primeiro disco do seu pai que encontrou. Normalmente detestava música, porém naquele momento queria ter alguma coisa para distrair seus pensamentos. Naquele momento ela estava entrando em desespero. Sabia que não ia conseguir ficar ali parada por muito tempo. Sabia que não ia conseguir ficar sozinha por muito tempo. Sabia que a música iria parar daqui a alguns instantes. Sabia disso e tinha medo. Muito medo. Pensou então, que aquilo de nada adiantava. Precisava achar o caminho de v
E AGORA, QUEM VAI CONSERTAR A LUA QUEBRADA? ...você não ia me proteger? Não ia? A lembrança da sua voz doce e desesperada o afligia enquanto ele ia para casa...Odiou ela ter lhe mostrado aquele pequeno pedaço de papel. Odiou ELE ter escrito aquele pequeno e idiota pedaço de papel. Não foi justo. Definitivamente não foi justo. Mas, afinal, nunca é, não é mesmo? ...você não ia me proteger? Não ia? – ele lembrava, enquanto seus olhos percorriam o velho pedaço de papel, escrito por ele há tempos que mais pareciam séculos atrás... " ...e ele deu um tiro para a lua para celebrar o seu amor e para celebrar os seus beijos. A lua foi duramente atingida e provocou uma espetacular chuva de estilhaços, que mais parecia uma chuva de fogos de artifício. Uma chuva de todas as cores, de todas as cores. Mas alguns pedaços caíram e algumas pessoas se feriram. Algumas pessoas menos ela...porquê ele estava lá para lhe proteger...sempre... Beijos Te Amo. Sempre. "

... eu...

...eu gostaria de escrever um livro. Um livro sobre o Clube Varsóvia, por exemplo. Na verdade estou escrevendo um livro, mas não sou organizado o suficiente para fazê-lo existir...seria tão melhor se apenas pudéssemos encadernar idéias, não acham?
Você já bebeu a salgada água do mar? A doce água do lago? A amarga água da lágrima? Você já dançou a alegre dança do amor? A suave dança da despedida? A trágica dança do adeus? Você já escutou a gostosa música da felicidade? A poderosa música da amizade? A triste música da decepção? Já viveu? Já morreu? Já sentiu? Já temeu? Já suou? Já gozou? Já esqueceu? Já foi humilhado? Castigado? Premiado? Amou? Não amou? Pensou que fosse o suficiente? Pensou? Então...nunca é...
TRISTES CANÇÕES EM PRETO E BRANCO E ele tocava violão muito bem. Tá, não era um mestre, mas tocava com bastante prazer as músicas que ele realmente gostava. Amava tocar e tocar e tocar o seu velho violão. Só não amava mais esse prazer do que conversar com a garota do “fundo” da sala, a sua melhor amiga desde sempre. Ele a adorava. Verdadeiramente. Adorava passar as noites de sábado na casa dela, quando seus pais viajavam, bebendo gim, fumando cigarros, papeando e, claro, tocando violão para ela. Ela pedia as músicas e ele só prosseguia tocando e emendando uma na outra. Ela pedia REM, Smiths, Wilco, o que fosse, e lá ia ele agradá-la com seu dedilhado macio, experimentando um arranjo aqui, outro ali. Mas ele percebeu, um certo dia, que havia mais do que amizade. Havia amor naquilo tudo. Havia um amor maior do que ele seria capaz de expressar em simples palavras. Ele jamais havia sentido algo assim por outra pessoa. Aquele sentimento era amor verdadeiro, na sua forma mais brutal,
COMO SE FOSSE FÁCIL ENTENDER... Ele estava lá, parado, naquela sala fria, olhando a maldita carta devidamente pousada sobre o aparelho de som. Ele chegou e a carta já estava lá. Quieta. Com certeza colocada naquela posição por Dona Francisca, a faxineira da vizinha que, de vez em quando, fazia uns favores para ele e arrumava algumas coisas no seu apartamento. E a carta estava lá. E ele ficou absolutamente surpreso ao ver a mesma. Não esperava que ela enfim chegasse um dia. Não esperava, por mais que a desejasse ardentemente. Por isso ele estava aflito. Queria e não queria abrir a porra daquela carta. Sabia que o seu conteúdo seria triste. Muito triste. Por isso mesmo ele desejava ter força suficiente para não abri-la. Acendeu um cigarro e ficou lá, parado, imaginando como era imaturo e tolo e cretino por não conseguir abrir uma carta enviada por alguém que ele queria tão bem. Alguém que ele queria muito bem. Mas, no fundo, ele não era imaturo e tolo e cretino. Ele era apenas uma
LUTA LIVRE CONTRA NINGUÉM De repente ele teve que lutar. Mesmo sem saber a razão. Mesmo sem saber contra o quê. Talvez as respostas fossem descobertas depois. Talvez as respostas viessem com o tempo. Porém ele não podia esperar. Teve que lutar. Ainda que fosse ferido. Ainda que detestasse aquele gosto amargo de sangue descendo pela garganta.