Pular para o conteúdo principal


REGANDO AS FLORES COM LÁGRIMAS

Ele apenas queria expressar o seu amor de alguma forma. Ainda que ela não o entendesse. Ele queria demonstrar que a amava verdadeiramente. Queria demonstrar que se importava com ela, que pensava nela, que queria o seu bem, a sua felicidade, o seu sorriso. Queria demonstrar todo esse amor, fosse através de uma pintura, de uma música, um poema, um cartaz, uma faixa, uma pichação, um cd, o que fosse. Ele apenas queria que ela soubesse. Ele apenas queria que ela soubesse que ele a amava. E ele esperou. Esperou e esperou e esperou o momento que ele julgou apropriado. E tal momento finalmente apareceu.

Só que tudo deu errado.

O estrago foi feito, não havia remédio e já era tarde demais para voltar atrás. Tarde demais. E ele resolveu que não iria chorar. Decidiu que o mundo poderia muito bem se foder. Preferiu ir ao Clube Varsóvia dançar e dançar a noite toda, como se o amanhã fosse algo simplesmente inexistente. Como se o amanhã fosse uma planta regada com lágrimas de pessoas tristes que se arrependem pelo que não fizeram. Esse sim o pior crime do mundo...esse sim...



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quando Você Ama…

  leia e ouça: surf curse || freaks “...Don't kill me just help me run away From everyone I need a place to stay Where I can cover up my face Don't cry, I am just a freak I am just a freak I am just a freak I am just a freak…” (Surf Curse || Freaks) Quando você vive, você erra. Todos nós. Todos. Todos nós erramos, de um jeito ou de outro. Faz parte. Quem nunca errou? Quem nunca? Só quem não viveu. Quando você vive, você se expõe e acaba errando, cedo ou tarde. Mente quem diz que nunca errou, uma vez que certamente também errou em algum momento da vida e tenta negar isso. Eu? Se eu errei, omiti e menti? Sim. Certamente. Muito. Mais do que seria razoável, muito mais do que seria razoável. E só os Deuses sabem como foi difícil e errado e como me arrependo. Arrependimento? Muito. Arrependimento real e verdadeiro. Mas, a verdade é o mais importante. Sempre. E demorei a entender isso. Demorei MUITO. Muita porrada para entender isso. Muita porrada para entender isso. A transparência. ...

Você

leia e ouça: U2 | bad Você. Você é intensa demais, e eu a amo. Muito. Você. Sim, você mesmo, você sabe a quem me refiro: VOCÊ! Você tem os cabelos mais desgrenhados, bagunçados e divertidos do mundo. E eu amo. Você. Cada detalhe, cada aroma, cada toque, cada TUDO. Nós. Tem os olhos mais verdes do mundo, e eu a amo. Amo. Amo você. Minha esmeralda. Minha pequena. Minha mãozinha guia. Você. Você. Apenas você! A mulher que mais merece ser cafuneada no universo, na galáxia, em tudo. Toda hora, todo dia, todo tempo. Você. Eu a amo. Você. Você mesmo. Tem força, tem garra, tem voz, tem presença, tem vida, tem alegria, tem coerência, tem sorriso, tem empatia, simpatia, tem tudo. Pequena, mas gigante. Você. Eu sou muito honrado de receber e dar seus super likes . Te laqueio todo dia, toda hora. Você é simplesmente essencial, especial, única. Você… simplesmente e unicamente VOCÊ existe para mim. Nada mais. Mais ninguém, E por mais burrices que eu faça, que eu repita, que eu erre, imbecil que so...

Going Down

leia e ouça: lou reed || going down “... Time's not what it seems. It just seems longer, when you're lonely in this world. Everything, it seems, Would be brighter if your nights were spent with some girl Yeah, you're falling all around. Yeah, you're crashing upside down. Oh, oh, and you know you're going down For the last time …” Lou Reed || Going Down E o sonho avançava. Apenas avançava. A noite tinha apenas começado. … - Ei mocinha. Mocinha? Me ouve? Ela chacoalhou os cabelos castanhos desgrenhados, um monte de nós sem sentido, apenas ela, virou o rosto confuso e encarou aquele sujeito grande, intimidador, com cara de bravo e que estava imóvel à sua frente, um verdadeiro brusco naquele cenário. - Então, me ouve? Está me ouvindo? - aquele grandalhão insistiu - Me ouve, porra? - disse, de modo grosseiro. Ela olhou com um tanto de medo e sem saber exatamente o que fazer, o que dizer, o que mexer, o que responder, nada disse. Apenas, nada disse. - Você entende? É surd...
DIAS ASSIM...CINZAS OU COLORIDOS - Vamos desistir dessa porra de aula e rodar por aí? – sugeriu Caco, assim que Laura entrou no carro. - Quê? – ela disse, ainda tonta pelo sono. - Ah, confessa, essa uma idéia genial para essa hora da manhã – ajudou Nando, sentado com um cigarro no banco de trás do veículo – Pensa bem. Hoje é quinta feira, não estamos com a menor vontade de ficar trancados em uma estafante sala de aula, estamos com o tanque desse carro velho totalmente cheio, estamos com vários cd´s legais aqui e, melhor, temos que celebrar a sua viagem insana e inconseqüente que, lembre-se, será daqui pouco mais de um mês. Vamos embora. Hey Ho, babe, que pensa? – completou com um sorriso. Laura olhou para os dois lunáticos, seus amigos de muito tempo e, com um sorriso bem menos amanhecido, sentenciou – Não precisa nem repetir. Vamos embora. Caco ligou o carro e eles saíram acelerados, sem rumo certo, sob sorrisos e palavras. Rodaram e rodaram e rodaram e acabaram no litora...

TANGERINA.

O Clube Varsóvia estava quase va zio, mas a música ainda rolava. Não alta, já baixa, já em fim de festa, mas ainda a música rolava. Era domingo, seis e meia da manhã. A noite já estava quase no fim, para alegria de quem lá trabalhava e tristeza de quem lá se escondia. - O que vão querer para a saideira? – perguntou, de forma educada, o barman do Clube Varsóvia, visivelmente cansado e muito irritado. - Suco de tangerina – disse Carol, breve e ligeira – Bem gelado, por favor. - Tangerina? – perguntou o barman , surpreso . - Tangerina? – repetiu Estela. Carol olhou surpresa para Estela e, depois, para o barman e apenas concluiu – Sim. Tangerina. Suco de tangerina. Qual o problema? Não tem gelo? Ok. Sem problemas. Pode ser quente mesmo. O barman e Estela se entreolharam com surpresa e admiração, porém nada disseram, apenas sorriram brevemente. - Então, o que vai ser? – perguntou Carol – Vai rolar este suco ou não? – insistiu meio puta, muito zangada. - Carol – disse ...