QUANDO A MELHOR OPÇÃO É ABRIR A JANELA E DEIXAR O CALOR SAIR... E a noite estava quente. Muito quente. Tão fodidamente quente que ele mal conseguia pensar. Mal conseguia pensar. Mal conseguia pensar nos seus erros, mal conseguia pensar nos desejos, mal conseguia pensar em qualquer coisa que não fosse aquele maldito ar abafado, seco, sufocante e desesperador. Mentira. Grande mentira. Uma mentira filha da puta. Mais uma de suas mentiras. Tão usuais e presentes na sua vida como a sua própria sombra. Mentiras tão presentes na sua vida como a nicotina, o ãlcool, os entorpecentes, a música e os erros. Mentiras usuais e presentes. Porra, e mesmo com todo aquele calor desesperador e cruel de Janeiro, óbvio que ele conseguia pensar direito em tudo o que havia feito, em todas as besteiras que havia dito e no grande erro que havia cometido. Mais um enorme erro dentro do infindável rol de besteiras que ilustrava sua vida. - Você vai dizer apenas isto - ela perguntou, surpresa diante da porrada, su...