EATING GLASS
E amigos não podem experimentar???
A pergunta ecoou na cabeça dela como um bate-estaca seco, ritmado, perturbador, soando apenas cruel naquele cenário incestuoso entre namorados que nunca se beijaram, entre amigos que nunca questionaram, entre irmãos de escolha própria. Irmãos de afinidade.
E não somos irmãos!!! Somos apenas amigos. E amigos não podem apenas gozar???
A pergunta voltou com insegurança. Mas durou pouco. Sorte dela. A pergunta durou apenas o tempo de ele começar a desabotoar a camisa dela com fúria, com vontade, com desejo, com lúxuria. Suando e tremendo e tentando acertar o toque.
Ela ficou ensopada.
Ele ficou duro.
Eles se beijaram.
E amigos não podem experimentar???
A pergunta já era puro passado e os medos de ambos também. Ela apenas fechou os olhos e os dedos dele, ágeis, alcançaram a entrada da sua calça e invadiram o seu corpo quente, aberto, indefeso, desarmado. Ansioso.
Um a um, os dedos macios e suaves e delicadamente perfumado com aroma de menta e hortelã foram acariciando os seus desejos mais íntimos e suas vontades mais claras.
Ela entrou em êxtase.
Ele também.
Eles se beijaram.
Qualquer pergunta sumiu.
As línguas se misturaram numa sinfonia de desejos. Os corpos se encostaram numa cena de cinema. O surpreendente aconteceu e eles, doces, adoraram cada minuto, cada segundo, cada sentido, cada gemido, cada fluído, cada suspiro.
Me fode, me come, me chupa, enfim, todos os desejos em palavras não foram ouvidos no quarto. Não naquela noite. As palavras foram somente substituídas pelo que um sabia, pelo que um queria, pelo que um era, um para o outro.
E entre os ruídos da cama de molas e o Bloc Party distante zunindo ao fundo, apenas o que se ouviu durante aqueles momentos foi a respiração suada e deliciosa dos dois e o gozo que escorreu entre as pernas.
Nada mais.
E instantes depois, enquanto ele dormia nu sobre o corpo dela seco de gozo, apenas o cheiro dele era o que a fazia respirar.
Nada de perguntas tolas, nada de arrependimentos, nada de medos, nada de amanhãs.
Apenas dois amigos.
Dois corpos nus.
Apenas dois corpos satisfeitos.
E quem já teve a sorte deles?
Quem???
E amigos não podem experimentar???
A pergunta ecoou na cabeça dela como um bate-estaca seco, ritmado, perturbador, soando apenas cruel naquele cenário incestuoso entre namorados que nunca se beijaram, entre amigos que nunca questionaram, entre irmãos de escolha própria. Irmãos de afinidade.
E não somos irmãos!!! Somos apenas amigos. E amigos não podem apenas gozar???
A pergunta voltou com insegurança. Mas durou pouco. Sorte dela. A pergunta durou apenas o tempo de ele começar a desabotoar a camisa dela com fúria, com vontade, com desejo, com lúxuria. Suando e tremendo e tentando acertar o toque.
Ela ficou ensopada.
Ele ficou duro.
Eles se beijaram.
E amigos não podem experimentar???
A pergunta já era puro passado e os medos de ambos também. Ela apenas fechou os olhos e os dedos dele, ágeis, alcançaram a entrada da sua calça e invadiram o seu corpo quente, aberto, indefeso, desarmado. Ansioso.
Um a um, os dedos macios e suaves e delicadamente perfumado com aroma de menta e hortelã foram acariciando os seus desejos mais íntimos e suas vontades mais claras.
Ela entrou em êxtase.
Ele também.
Eles se beijaram.
Qualquer pergunta sumiu.
As línguas se misturaram numa sinfonia de desejos. Os corpos se encostaram numa cena de cinema. O surpreendente aconteceu e eles, doces, adoraram cada minuto, cada segundo, cada sentido, cada gemido, cada fluído, cada suspiro.
Me fode, me come, me chupa, enfim, todos os desejos em palavras não foram ouvidos no quarto. Não naquela noite. As palavras foram somente substituídas pelo que um sabia, pelo que um queria, pelo que um era, um para o outro.
E entre os ruídos da cama de molas e o Bloc Party distante zunindo ao fundo, apenas o que se ouviu durante aqueles momentos foi a respiração suada e deliciosa dos dois e o gozo que escorreu entre as pernas.
Nada mais.
E instantes depois, enquanto ele dormia nu sobre o corpo dela seco de gozo, apenas o cheiro dele era o que a fazia respirar.
Nada de perguntas tolas, nada de arrependimentos, nada de medos, nada de amanhãs.
Apenas dois amigos.
Dois corpos nus.
Apenas dois corpos satisfeitos.
E quem já teve a sorte deles?
Quem???
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