E ELA AINDA MORAVA EM NITERÓI
- Você nunca fala sério? - ele perguntou.
Ela sorriu, tímida, e ficou em silêncio.
- Nunca? - ele insistiu.
- Talvez. Deveria? - ela arriscou, sem saber até que ponto podia chegar.
Ele olhou para o céu, meio irritado e disse, em um tom de voz mais alto - Claro que sim. Claro que sim. Você tem que aprender a falar sério - insistiu - Ao menos uma vez na vida.
Ela sorriu - Não sei. Definitivamente não sei o momento. Não sei o exato momento em que um olhar deve ser substituído por uma palavra.
- Não? - ele perguntou.
- Não - ela respondeu.
- Então deixa eu te dizer uma coisa, minha querida. Algo simples, porém inédito nas nossas conversas.
- Você está bravo? - ela perguntou.
Ele sorriu, doce - Não, claro que não.
Ela retribuiu o sorriso, curvando suavemente os lábios vermelhos, num esboço de simpatia.
- Na verdade - ele prosseguiu - Você parece que foge. A todo momento parece fugir.
- De quem? - ela perguntou, mordendo os lábios, esperando que ele errasse a resposta.
- De você?
Ela corou. Ficou totalmente vermelha. Nada disse.
- Não? - ele insistiu.
- Não. De forma alguma. Não fujo de ninguém. Sou segura do que quero.
Ele sorriu, debochado - Tem certeza?
- Tenho, claro que tenho.
- Há quanto tempo eu te conheço?
Ela respondeu, entre os dentes - Há mais tempo do que eu gostaria.
- Hahahaha. Você NUNCA vai mudar.Vai?
- E por acaso, eu preciso mudar?
- Brinda comigo - ele pediu.
- Brindar o quê?
- A nossa amizade e o meu primeiro conto.
- O beijo não dado?
- E você ainda morava em Niterói.
- Ei, otário, eu AINDA moro lá.
E sorriram como crianças naquele Clube Varsóvia tão repleto de pessoas e sentimento, felizes por terem cruzado um na vida do outro.
...
Felizes. Muito felizes.
- Você nunca fala sério? - ele perguntou.
Ela sorriu, tímida, e ficou em silêncio.
- Nunca? - ele insistiu.
- Talvez. Deveria? - ela arriscou, sem saber até que ponto podia chegar.
Ele olhou para o céu, meio irritado e disse, em um tom de voz mais alto - Claro que sim. Claro que sim. Você tem que aprender a falar sério - insistiu - Ao menos uma vez na vida.
Ela sorriu - Não sei. Definitivamente não sei o momento. Não sei o exato momento em que um olhar deve ser substituído por uma palavra.
- Não? - ele perguntou.
- Não - ela respondeu.
- Então deixa eu te dizer uma coisa, minha querida. Algo simples, porém inédito nas nossas conversas.
- Você está bravo? - ela perguntou.
Ele sorriu, doce - Não, claro que não.
Ela retribuiu o sorriso, curvando suavemente os lábios vermelhos, num esboço de simpatia.
- Na verdade - ele prosseguiu - Você parece que foge. A todo momento parece fugir.
- De quem? - ela perguntou, mordendo os lábios, esperando que ele errasse a resposta.
- De você?
Ela corou. Ficou totalmente vermelha. Nada disse.
- Não? - ele insistiu.
- Não. De forma alguma. Não fujo de ninguém. Sou segura do que quero.
Ele sorriu, debochado - Tem certeza?
- Tenho, claro que tenho.
- Há quanto tempo eu te conheço?
Ela respondeu, entre os dentes - Há mais tempo do que eu gostaria.
- Hahahaha. Você NUNCA vai mudar.Vai?
- E por acaso, eu preciso mudar?
- Brinda comigo - ele pediu.
- Brindar o quê?
- A nossa amizade e o meu primeiro conto.
- O beijo não dado?
- E você ainda morava em Niterói.
- Ei, otário, eu AINDA moro lá.
E sorriram como crianças naquele Clube Varsóvia tão repleto de pessoas e sentimento, felizes por terem cruzado um na vida do outro.
...
Felizes. Muito felizes.
Comentários