DESENHOS RASGADOS
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- Para mim? – ela perguntou, tímida.
- Sim – ele respondeu, sério.
- Abro agora? – ela perguntou novamente, segurando nervosamente o envelope em suas mãos.
- Não – ele respondeu, áspero.
- Não?
- Prefiro que não. Poupa constrangimentos, não?
- Ok. Faça-me um grande favor também. Abra o seu depois, tá? Em casa.
Ele concordou com a cabeça – Tá bem.
- Então ficamos assim? – ela perguntou.
- Sim. Ficamos assim – ele disse, evitando olhar para ela.
- Posso te dar um beijo?
- Claro – ele respondeu, abraçando e apertando os seus lábios contra os dela.
E o beijo acabou.
E ele virou e foi embora.
Sem olhar para trás.
Assim que ele saiu do apartamento, ela, trêmula, abriu o envelope.
O desenho era lindo.
Um coração partido sobre carvão e nanquim. Um coração devastado e partido. E uma frase curta: be happy | good luck.
Ela apertou o desenho contra o peito e chorou e chorou e chorou como se – definitivamente – não houvesse amanhã.
Assim que entrou no elevador, ele abriu o pequeno envelope carmim. Dentro, uma fita cassete daquelas que há tempos não se vê. Old fashion, démodé. Na capa um desenho lindo. Um coração escarlate, inteiro e pulsante, com uma frase curta: “te amo, imbecil”.
Ele socou a parede do elevador velho como uma criança mimada. Chorou e chorou e chorou como se – definitivamente – não houvesse amanhã.
E, na verdade, os sentimentos são tão intensos quando se desencontram. Tão intensos... e tristes. Extremamente tristes.
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- Para mim? – ela perguntou, tímida.
- Sim – ele respondeu, sério.
- Abro agora? – ela perguntou novamente, segurando nervosamente o envelope em suas mãos.
- Não – ele respondeu, áspero.
- Não?
- Prefiro que não. Poupa constrangimentos, não?
- Ok. Faça-me um grande favor também. Abra o seu depois, tá? Em casa.
Ele concordou com a cabeça – Tá bem.
- Então ficamos assim? – ela perguntou.
- Sim. Ficamos assim – ele disse, evitando olhar para ela.
- Posso te dar um beijo?
- Claro – ele respondeu, abraçando e apertando os seus lábios contra os dela.
E o beijo acabou.
E ele virou e foi embora.
Sem olhar para trás.
Assim que ele saiu do apartamento, ela, trêmula, abriu o envelope.
O desenho era lindo.
Um coração partido sobre carvão e nanquim. Um coração devastado e partido. E uma frase curta: be happy | good luck.
Ela apertou o desenho contra o peito e chorou e chorou e chorou como se – definitivamente – não houvesse amanhã.
Assim que entrou no elevador, ele abriu o pequeno envelope carmim. Dentro, uma fita cassete daquelas que há tempos não se vê. Old fashion, démodé. Na capa um desenho lindo. Um coração escarlate, inteiro e pulsante, com uma frase curta: “te amo, imbecil”.
Ele socou a parede do elevador velho como uma criança mimada. Chorou e chorou e chorou como se – definitivamente – não houvesse amanhã.
E, na verdade, os sentimentos são tão intensos quando se desencontram. Tão intensos... e tristes. Extremamente tristes.
Comentários
=~
nunca chorei tanto com um conto seu