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DEZEMBRO


Apenas um violão desafinado e uma voz desastrada.
Lindamente desastrada.
Ruim.
Fraca.
Incontínua.
Desastrada.
Frágil.
Bem frágil.
Frágil.
Frágil, mas bela...
Linda.
Genial.
E naquele “luau” improvisado entre amigos a beira da praia, sob o barulho das ondas e sob a luz do luar, ela estava feliz.
Muito feliz.
Independentemente de quem tocava ou tocava.
Nada demais.
Nada demais para pessoas normais sob todo aquele cenário.
Normais?
Nem sempre.
Lindo.
Nada demais.
Nada demais mesmo.
E nunca normais.
Mas para ela era algo a mais.
Algo a mais.
Feliz ao lado dele.
Feliz ao lado dele.
Como se o Natal já houvesse começado.
Bem antes de começar.
Bem antes.
E ao alvorecer do dia ela ainda ouvia João Gilberto em seu velho pen drive.
Ele?
Ramones...
Feitos um para o outro.
Feitos um para o outro...
Apenas isso.
Nada demais.
Nada demais para quem se ama.

Quem se ama...

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,