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TALVEZ EM VARSÓVIA, NÃO EXISTA DIAS DE SOL...


Talvez em Varsóvia, não exista dias de sol. Talvez em Moscou, os dias de verão já nasçam frios. Talvez em Bombaim, exista pouco trânsito. Talvez em Kingston, a fumaça seja leve. Talvez, talvez, talvez. Talvez no Rio, a noite seja longa. Os amores que perdi, os amores que encontrei, os amores que deixei, os amores, os amores, os amores. Na verdade, palavras lançadas no papel podem soar belas, frouxas, desencontradas ou mesmo apenas palavras. Sem sentido algum. Sem significado algum. Sem a menor necessidade disto. A menor. E no grito dos raivosos repousa a fúria. No grito dos suicidas, a angústia. O desespero repousa no choro dos amantes desolados. Amantes devastados pela perda do amor. Amantes solitários. Amantes desencontrados. Talvez em Sofia, exista uma Bulgária. Talvez em Medellin, exista mercado negro. Talvez o mundo não seja tão divertido assim. Talvez as paixões não sejam tão intensas assim. Talvez as pílulas não sejam tão eficazes assim. E a menina linda, toda gostosa e divertida, chora as dores de um cara que não a quer. E o velhinho, feliz, chora a leveza de chegar aos 100 e ter visto tanto em tão longo tempo. Talvez na Lua, a vista da Terra seja bela. Bem mais bela do que se percebe aqui de baixo. E as palavras não fazem o menor sentido. Nada de novo debaixo do sol?: Bem, isto é o título ou a frase de alguma canção. Não quero mais lembrar disso agora...nos falamos naquele bar da esquina. O de sempre. Ao lado do Clube Varsóvia. See you.

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