leia e ouça: all I want is You || vitamin string quartet performs U2
Eu erro.
Ah, erro.
E muito.
E na primeira pessoa (que é a forma mais verdadeira de falar e admitir).
Eu erro e erro e erro (e me arrependo, mas nada posso fazer) muito mais do que acerto.
Mas também acerto (e, às vezes, no alvo).
Sem dúvida.
Não duvido mais disso.
Erros e acertos.
Vida.
Eu erro e acerto e vivo (mas não me dava conta disso até um sábado à noite).
Eu tento.
Eu tento.
Todos os dias.
Eu busco me achar.
Me encontrar.
Sorrir.
Ser feliz.
E me achei (quer dizer, estou me achando).
Aqui mesmo, dentro de mim e, claro, nela.
Nela.
Ela…
Linda.
Generosa.
Única.
Um farol de olhos esmeralda, as usual.
20 pontos, 20 itens, uma lista.
Uma vida.
A minha vida.
A minha vida que coloquei no papel e não tinha me dado conta de tudo e do tanto que estava fora de lugar vindo do passado e eu sequer, mas sequer pensei nisso antes.
Jamais.
Não pensei.
E diante da lista, me assustei.
Me apavorei.
Chorei.
Mas, não caí.
Ah, não.
Olhei na porra do espelho as rugas existentes e os cabelos (enfim, adoravelmente longos) e decidi que ia pegar na marra cada um destes itens e lidar com eles.
Enfrentar.
Cara a cara.
Sem medo.
Sem erro.
De frente.
As rédeas do meu futuro e da minha vida.
Na base da porrada emocional (se for necessário e, realmente, é o que é necessário agora).
Olhei no espelho e vi um sujeito que deve sair na rua de cabeça erguida, sem medo, sem medos, sem sustos, sem culpas, apesar de tantos passados erros (e acertos porra, afinal eles também existem).
Olhei no espelho e vi alguém.
Alguém… vivo.
Me vi.
Enfim.
Enfim, me vi.
E isso, ah, amigos, isso não tem preço. Não tem preço.
Se ver, se enxergar, se buscar, se consertar, esquecer a auto invisibilidade e ter alguém (além de si próprio) ao lado para te sugerir ver a vida.
Ah, isso não tem preço.
Não mesmo.
Ela.
Eu.
Minha vida.
20 itens.
20 pontos.
Muito mais que 20 pensamentos. Milhões.
Uma madrugada inteira.
Uma vida.
A minha.
E ela está aqui.
Agora é a hora de viver, uma vez que daqui a pouco vai ser tarde demais.
Tarde demais.
E sob a luz verde da madrugada, no espelho pequeno pregado no quarto coloquei um ponto número 21 de retomadas que nem ela sabia… piano.
Piano, escrita e sorrisos.
Piano, escrita e sorrisos.
Arte.
Sempre.
Amor, Verdade, Arte… Sempre.
Não é nada simples, mas eu posso, ah, putaqueopariu, certamente eu posso. Não tenho a menor dúvida disso.
Primeira pessoa do singular.
Eu.
Eu mesmo.
Muito prazer.
Aqui estou eu, minha vida, muito prazer.
Muito prazer.
Será uma longa e deliciosa jornada.
Photo by n/d
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