O QUE FAZEMOS COM VELHAS FOTOS?
- Então estamos finalmente reunidas nessa mesa de bar aqui no Clube Varsóvia? A gangue das três – disse Clara, com um sorriso genuinamente feliz.
- Como a vida muda, não? Costumávamos fazer isso sempre. Agora, nunca nos vemos e tampouco nos falamos. É quase um milagre esse nosso encontro – retrucou Leca – Ainda mais depois de tudo o que aconteceu. Depois de tudo o que dissemos.
- É mesmo. Como a vida muda – concordou Ana.
- Tem razão. E o pior de tudo é que eu não sei qual foi o atalho viciado que tomamos. O que deu errado, o que aconteceu? Eu não tenho essa noção. Alguma de vocês tem? – perguntou Clara.
- Melhor deixar isso para lá. Nossos erros, medos, verdades e defeitos. Erramos? Foda-se. O que importa é que estamos juntas essa noite. Isso é o mais legal – disse Ana, tentando desviar o assunto.
- Você está certa – concordaram as outras.
- Vamos brindar então. Vodka e mais vodka – gritou Leca.
E as três amigas ficaram sentadas naquela mesa do Varsóvia durante horas a fio. Conversaram e sorriram e colocaram os assuntos em dia. Mataram uma saudade intensa. Uma saudade dolorida. Uma saudade inevitável.
- Então vamos? – disse Ana, enquanto acendia um último Marlboro.
- Nossa. Já é quase quatro da manhã. O tempo voa, caralho – concordou Leca – Mas foi ótimo.
- Esperem. Eu tenho um presente para vocês.
- Hehe. Essa é a nossa Clara. A sempre amorosa Clara – brincou Leca.
- Tomem – disse, enquanto entregava para as duas uma foto Polaroid antiga, em que as três apareciam juntas, abraçadas, felizes, sorrindo. Como irmãs. Como verdadeiras amigas – Pelo menos na foto estamos bem. Eternamente bem.
E as três ainda ficaram ali no Clube Varsóvia por mais algum tempo, apenas observando aquela pequena foto antiga. Sem prometer nada uma para a outra. Sem esperar nada uma da outra. Apenas observando o seu adorável passado, sem saber o que esperar do seu nublado futuro. Apenas sem saber.
- Então estamos finalmente reunidas nessa mesa de bar aqui no Clube Varsóvia? A gangue das três – disse Clara, com um sorriso genuinamente feliz.
- Como a vida muda, não? Costumávamos fazer isso sempre. Agora, nunca nos vemos e tampouco nos falamos. É quase um milagre esse nosso encontro – retrucou Leca – Ainda mais depois de tudo o que aconteceu. Depois de tudo o que dissemos.
- É mesmo. Como a vida muda – concordou Ana.
- Tem razão. E o pior de tudo é que eu não sei qual foi o atalho viciado que tomamos. O que deu errado, o que aconteceu? Eu não tenho essa noção. Alguma de vocês tem? – perguntou Clara.
- Melhor deixar isso para lá. Nossos erros, medos, verdades e defeitos. Erramos? Foda-se. O que importa é que estamos juntas essa noite. Isso é o mais legal – disse Ana, tentando desviar o assunto.
- Você está certa – concordaram as outras.
- Vamos brindar então. Vodka e mais vodka – gritou Leca.
E as três amigas ficaram sentadas naquela mesa do Varsóvia durante horas a fio. Conversaram e sorriram e colocaram os assuntos em dia. Mataram uma saudade intensa. Uma saudade dolorida. Uma saudade inevitável.
- Então vamos? – disse Ana, enquanto acendia um último Marlboro.
- Nossa. Já é quase quatro da manhã. O tempo voa, caralho – concordou Leca – Mas foi ótimo.
- Esperem. Eu tenho um presente para vocês.
- Hehe. Essa é a nossa Clara. A sempre amorosa Clara – brincou Leca.
- Tomem – disse, enquanto entregava para as duas uma foto Polaroid antiga, em que as três apareciam juntas, abraçadas, felizes, sorrindo. Como irmãs. Como verdadeiras amigas – Pelo menos na foto estamos bem. Eternamente bem.
E as três ainda ficaram ali no Clube Varsóvia por mais algum tempo, apenas observando aquela pequena foto antiga. Sem prometer nada uma para a outra. Sem esperar nada uma da outra. Apenas observando o seu adorável passado, sem saber o que esperar do seu nublado futuro. Apenas sem saber.

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