O GUARDA SOL COLORIDO
- Ei, olhe por onde pisa – ela gritou, a tempo de evitar que aquele garoto com cara de perdido esmagasse os seus novos escuros escuros.
Ele a encarou meio sem jeito e sem saber o que estava acontecendo e não respondeu nada.
- Não olha por onde anda não? – ela prosseguiu, agora mais calma, mas ainda querendo briga.
- Desculpa, desculpa. Mas também, porra, convenhamos que não dá para ficar largando óculos de qualquer jeito numa praia lotada né? Qualquer idiota como eu, por exemplo, pode pisar neles – retrucou, sorrindo.
Ela o olhou com atenção e reparou como ele era lindo. Muito bonito mesmo. Claro que não aquela beleza normal, de capa de revista, afinal isso só acontece nas merdas das novelas e tal, ele era apenas dono de uma beleza que a agradava e muito. Ele era dono de uma beleza absolutamente normal, absolutamente simples, absolutamente cotidiana.
- Então, tô desculpado? – ele perguntou, querendo rir da situação.
- Relaxa, cara. Eu é que ando estres
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