Pular para o conteúdo principal
AMORES (NA SEÇÃO DE ACHADOS E PERDIDOS)

Clube Varsóvia, mesa 01. Madrugada de terça.

- Odeio isto, sabia? – ela desabafou no Clube Varsóvia, enquanto virava por entre os seus lábios doces e suaves, um copo de algum destilado forte.
- Odeia o quê? Falei algo errado? – ele perguntou, quase assustado.
- Cara, você é surpreendente mesmo, mas eu odeio, odeio, odeio, simplesmente odeio isto – ela quase gritou.
Ele ficou intimidado, querendo apenas entender – Fiz bobagem?
Ela ignorou - Odeio a forma como você me encontrou, me entendeu, me fodeu, me amou, me descobriu. Absolutamente odeio a forma como você invadiu o meu mundo e fez com que eu me tornasse apenas louca e completamente apaixonada por você. Odeio isto. Odeio estar completamente louca por você.
- O que eu posso fazer? – ele disse, meio cool, meio sonso.
Ela encarou os seus maravilhosos olhos pretos e murmurou – Nada porra. Faça apenas o que já está fazendo, mas não me machuque. E venha perto agora e me dê um beijo espetacular. Cena de cinema.

...
I never dreamed that I’d love somebody like you
I never dreamed that I’d lose somebody like you

...

Clube Varsóvia, mesa 17. Madrugada de terça.

- Odeio isto, sabia? – ela desabafou no Clube Varsóvia, enquanto virava por entre os seus lábios amargos, um copo de algum destilado forte.
- O quê? Falei algo errado? – ele perguntou, completamente assustado.
Ela olhou com rancor - Eu odeio, odeio, odeio, simplesmente odeio isto – ela gritou.
Ele ficou intimidado, já havia entendido.
- Odeio a forma como você me encontrou, me entendeu, me fodeu, me amou, me descobriu. Absolutamente odeio a forma como você invadiu o meu mundo e fez com que eu me tornasse apenas louca e completamente apaixonada por você. Odeio isto. Odeio ainda estar completamente louca por você.
- O que eu posso fazer? – ele disse, babaca.
Ela encarou os seus maravilhosos olhos pretos e murmurou, triste e zangada – Nada porra. Apenas suma da minha vida, definitivamente. Me deixe em paz. Cena de cinema.

...
No I don’t wanna fall in love
[this love is only gonna break your heart]

...

Curioso como uma mesma canção pode servir de trilha sonora para situações opostas. Curioso.



POR FAVOR, USE OS HEADPHONES
(WICKED GAME - CHRIS ISAAK)


"The world was on fire
No one could save me but you.
Strange what desire will make foolish people do
I never dreamed that I’d meet somebody like you
And I never dreamed that I’d lose somebody like you

No, I don’t want to fall in love
[this love is only gonna break your heart]
No, I don’t want to fall in love
[this love is only gonna break your heart]
With you
With you

What a wicked game you play
To make me feel this way
What a wicked thing to do
To let me dream of you
What a wicked thing to say
You never felt this way
What a wicked thing to do
To make me dream of you
V and I don’t wanna fall in love
[this love is only gonna break your heart]
And I don’t want to fall in love
[this love is only gonna break your heart]

{world} was on fire
No one could save me but you
Strange what desire will make foolish people do
I never dreamed that I’d love somebody like you
I never dreamed that I’d lose somebody like you

No I don’t wanna fall in love
[this love is only gonna break your heart
No I don’t wanna fall in love
[this love is only gonna break your heart]
With you
With you

Nobody loves no one
"

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
E QUEM DISSE QUE AS COISAS NÃO PODEM SER ASSIM? APENAS SIMPLES... - Pára! Ela ouviu a frase e virou a cabeça rapidamente. Queria saber de quem era aquela voz doce e suave, porém firme e ligeira, que havia dito a tal palavra para ela. - Pára! Assim – ele repetiu. Ela encarou o dono da voz com uma certa irritação. Apenas para disfarçar. Ele era lindo. Olhos escuros, cabelos pretos longos, um queixo quase barbado, regular e quadrado, e um sorriso sensacional. Estimulante. Aparentemente sincero e interessante. Ela apenas o encarou em silêncio, agora sem qualquer irritação disfarçada. Ele sorriu simpático, querendo quebrar o gelo – A posição do seu rosto daria uma foto. Um retrato lindo, sabe? Por isso pedi, quer dizer, quase mandei, né? Você ficar parada. Queria congelar o momento. Ela segurou um sorriso, apenas para querer parecer ser um pouco mais teimosa. Um pouco mais difícil. Ele ofereceu uma bebida. - Não sei o que está bebendo – ela disse – Como posso aceitar? Ele continuou com o co

Brindando Palavras Repetidas

  leia e ouça: richard hawley || coles corner - Você é repetitivo. Ele a olhou com uma surpresa muda,  - Você é muito repetitivo - ela disse, certeira, sabendo que o havia atingido em seu ponto mais fraco, mais vulnerável, mais dolorido. Não sorriu. Ele a olhou com certa surpresa sabendo que, no fundo, ela estava certa - Como assim? - perguntou, querendo ter certeza. - Repetitivo. Repetitivo. Você usa as palavras de forma inconsequente e repete sempre as mesmas coisas. Faz isso o tempo todo. - Faço? - ele disfarçou. Ela então sorriu levemente - Claro que faz. Mas o que me deixa ainda mais fascinada é esta sua cara de pau. Você sabe que é assim, desse modo, desse jeito e ainda assim continua nesta direção. Ele fingiu indignação, mas por puro orgulho. Ela estava absolutamente certa. Ele tomou um gole do que estava bebendo e ficou quieto, esperando a próxima porrada. - Não? Você não sabe disso? - ela insistiu. - Talvez - admitiu, sem admitir. - Então, por que você não tenta mudar? - Você