Sorte? Azar?
Erros? Acertos?
Signos? Crenças?
Nada disso.
A vida dela era um eterno confronto entre o bem e o mal. Entre a
sorte e o azar. Entre erros e acertos. Entre o lado ruim e o lado bom.
Dualidades. A vida dela. O resumo da vida dela. Um breve e apertado resumo.
Sorte? Azar?
Erros? Acertos?
Signos? Crenças?
Nada disso.
A vida dela era um eterno confronto entre ela e ela mesmo.
Apenas isto. Nada demais. Nada demais. Nada do que já não se viu por aí. Aos
montes. Aos montes.
- Qual o seu signo? – ela perguntou temendo ser tola ao cubo.
- Câncer – ele respondeu acreditando na sua tolice ao cubo –
Isto faz alguma diferença? – provocou.
Ela sorriu e disse – Claro que não. Claro que não. Adoro homens
de câncer – mentiu.
- É? – ele perguntou incrédulo – E quais as qualidades deles?
Dos homens deste signo?
Ela sorriu sem graça e respondeu direta e reta – Nenhuma. Nenhuma.
Precisa ter alguma? – perguntou – As qualidades aparecem – finalizou.
Ele apenas balançou a cabeça. Nada disse. Apenas sorriu.
Ela também.
Sorte? Azar?
Erros? Acertos?
Signos? Crenças?
Nada disso.
A vida dela era um eterno confronto entre o bem e o mal. Entre
signos dispersos e confusos. Entre a sorte e o azar. Entre erros e acertos.
Entre o lado ruim e o lado bom. Dualidades. A vida dela. O resumo da vida dela.
Um breve e apertado e feliz resumo.
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