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SEM CHÃO. APENAS SEM CHÃO...


- Eu? Eu não sei. Não sei de porra nenhuma - ele respondeu cândido, doce e suave - Definitivamente não. Não sei - prosseguiu..
- Não? Você não sabe, seu filho de uma puta. Cretino dos infernos - ela prosseguiu - Como não? - insistiu.
Ele apenas sorriu.
Ela não.
Definitivamente, ela não.
Nada.
Ele sim.
- Eu? - ele repetiu - Eu não sei. Não sei de porra nenhuma - respondeu ainda mais cândido, ainda mais doce e ainda mais suave - Definitivamente não. Não sei.
- Não? Você não sabe? - ela proferiu - Seu filho de uma puta. Cretino dos infernos. Como não? - insistiu.
Ele ficou sem graça.
Ela ficou sem chão.
Nada.
Nada voltaria ao normal.
Nada.
Ela?
Ele?
Quem haverá de saber.
Quem?
Ele ficou sem graça.
Ela ficou sem chão.
Nada.
Apenas nada.
Nada voltaria ao normal.
Nada.
Nada...
E eles?
Apenas um puta beijo e a falta de chão.
Falta de chão.
Falta de chão...
Como se flutuassem.
Sem gravidade.
Nenhuma gravidade.
Exceto pelos seus atos.
Exceto por isso.


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