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FINAIS TRISTES


FINAIS TRISTES I

- Você queria? – ele perguntou todo tímido, todo bobo, com um cigarro mentolado na mão direita e um copo americano de vodka na esquerda.
Um verdadeiro tolo.
E a chuva desabava lá fora.
Como uma tormenta.
Ela nada respondeu.
Nada.
Suas mãos tremiam e os olhos estavam vermelhos.
Ele insistiu - Mas me diz, por favor. Preciso saber. Preciso saber? Porra. Você queria? – quase gritou.
Ela permaneceu em silêncio com seu escudo impenetrável de bebida e cigarros.
E seus maravilhosos cabelos pretos e longos.
E, às vezes e na verdade, beijos errados, lúdicos e sem compromissos dados em noites malucas do Clube Varsóvia podem ter consequências.
E finais nada felizes.
Nada felizes
Absolutamente nada felizes.

FINAIS TRISTES II

- Você queria? – ela perguntou toda brava, toda irritada, com um cigarro mentolado na mão direita e um copo americano de vodka na esquerda.
Absolutamente em fúria
E a chuva desabava lá fora.Como uma tormenta.
Ele nada respondeu.
Nada.Suas mãos tremiam e os olhos estavam vermelhos.
Chorava.
Como uma criança.
Ela insistiu aos berros - Mas me diz, por favor. Preciso saber. Preciso saber? Porra. Você queria? – gritou.
Suas mãos tremiam e os olhos estavam vermelhos.
Ela insistiu - Me diz seu filho da puta, por favor. Preciso saber. Preciso saber? Porra. Você queria? – gritou.
Ele permaneceu em silêncio com seu escudo impenetrável de bebida e cigarros.
E seus ridículos cabelos curtos e mal cortados.
E, às vezes e na verdade, beijos errados, lúdicos e sem compromissos dados em noites malucas do Clube Varsóvia podem ter consequências.
E finais nada felizes.
Nada felizes
Absolutamente nada felizes.

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,