- Eu te amo – ele disse tímido, quase mudo.
Ela o observou com desdém, amor e muito, mas muito carinho.
- O que? – ela perguntou, cruel, quase sádica.
Ele tomou mais um gole da sua cerveja e disse tímido – A música está alta hoje no Varsóvia, não?
Ela apenas sorriu. Nada disse.
- Não está? – ele insistiu. – Muito alta? A música.
- Não sei – ela respondeu de besta. Sorriu como nunca.
- Eu te amo – ele quase gritou.
Ela sorriu como uma adolescente boba. Tomou um gole de sua bebida e deu uma baforada no seu cigarro.
Sorriu.
Sorriu como sempre.
Sorriu como nunca.
- E? – ele insistiu novamente. Ansioso e adolescente. Sempre.
- Eu também, seu imbecil. Eu te amo seu idiota.
E se beijaram.
Lindos.
Jovens.
Loucos.
Sem razão.
Sem nenhuma razão.
Sem nenhuma razão a não ser o amor.
A não ser o amor....
E o Clube Varsóvia continuou a existir.
Como sempre.
Como sempre...
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