Pular para o conteúdo principal

TALVEZ NÃO. TALVEZ SIM. DEPENDE.


- Você é linda sabia? – ele disse de forma surpresa, rápida, inesperada. Do nada. Nada sutil. Nada sutil, mas ainda assim repetiu – Você é absolutamente linda.
Sentados em um balcão de bar do Clube Varsóvia.
- Linda...
- Talvez não. – Ela respondeu com um sorriso. Um belo sorriso.
Ele riu e emendou - Não. Você é linda. Mesmo. Definitivamente linda – completou com um sorriso.
Ela apenas sorriu ainda mais uma vez. Agora completamente tímida. Vermelha como o Campari vagabundo que bebia. Cheio de gelo e repleto de nada. Repleto de nada.
Ele retribuiu.
E a música era alta no Clube Varsóvia.
Bastante alta.
Muito.
Mas os sorrisos não.
Nada altos.
Apenas silenciosos.
E tímidos.
Fogo amigo.
Tênues, constrangidos ou mesmo devassos.
Devassos.
Eles estavam atraídos um ao outro.
Muito.
Apenas não sabiam expressar.
Definitivamente não.
- Você é linda sabia? – ele repetiu de forma surpresa e não tão rápido, nada inesperado. Nada sutil.
- Talvez não. – Ela respondeu com um sorriso. Um belo sorriso.
Ele riu e emendou - Não. Você é linda. Mesmo. Definitivamente linda – completou com um sorriso.
Ela apenas sorriu ainda mais uma vez. Agora completamente tímida.
- Gosto do seu sorriso – ela disse.
Ele concordou com a cabeça e disse – eu muito mais do seu.
E do nada, uma conversa em um balcão de bar virou uma, duas, três, quatro conversas.
Talvez sim?
Talvez não.
Apenas eles.
E precisa de mais?
Precisa?



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.

Quando Você Ama…

  leia e ouça: surf curse || freaks “...Don't kill me just help me run away From everyone I need a place to stay Where I can cover up my face Don't cry, I am just a freak I am just a freak I am just a freak I am just a freak…” (Surf Curse || Freaks) Quando você vive, você erra. Todos nós. Todos. Todos nós erramos, de um jeito ou de outro. Faz parte. Quem nunca errou? Quem nunca? Só quem não viveu. Quando você vive, você se expõe e acaba errando, cedo ou tarde. Mente quem diz que nunca errou, uma vez que certamente também errou em algum momento da vida e tenta negar isso. Eu? Se eu errei, omiti e menti? Sim. Certamente. Muito. Mais do que seria razoável, muito mais do que seria razoável. E só os Deuses sabem como foi difícil e errado e como me arrependo. Arrependimento? Muito. Arrependimento real e verdadeiro. Mas, a verdade é o mais importante. Sempre. E demorei a entender isso. Demorei MUITO. Muita porrada para entender isso. Muita porrada para entender isso. A transparência.

Ela, A Mulher da Minha Vida

leia e ouça: champagne supernova || vitamin string quartet tribute to Oasis Ah, se eu não tivesse me omitido. Ah, se eu não tivesse traído (ainda que sem querer, mas é sempre sem querer, né? Sempre. Sempre um erro ou vários. Muitos). Ah, se eu tivesse me tratado. Ah, se eu tivesse perguntado. Ah, se eu não tivesse me auto sabotado. Sempre. Ah, caso eu tivesse apenas existido de forma tão transparente. Ah. Eu não a teria perdido. Tantos ahs. Tantos. E sobra a tristeza, o chão, a queda, o ralo, as mentiras, as dívidas, enfim, sobra nada. Nada. E tudo de dor. Em excesso. Compulsão. Ah, se eu tivesse vivido. Ah, se eu tivesse sido simples. Otário. Eu. Muito prazer. Eu. Ah, se eu tivesse pedido ajuda. Ah, caso eu tivesse vergonha na cara. Ah, caso eu tivesse espelho em casa. Ah. Tantos ahs. Tantos. Mas, agora, eles não resolvem. Os ahs vieram tarde demais. E dói. Muito. Mas sigo. Seguirei. Triste, em lágrimas, chorando, tentando e vivendo. Do jeito que der. Do jeito que dá. Aprendendo. Apre