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FAST FOOD - FAST LOVE

- Você é completamente louca – Ana afirmou, com um sorriso, enquanto observava Paola comer um gigante sanduíche de queijo.
Paola a olhou intrigada e após engolir uma mordida, respondeu - Oras. Não sei o motivo. Você vê algum problema nos nossos planos. Quero dizer, nos planos que fiz para nós?
- Sinceramente? – Ana perguntou
- Óbvio. Com toda a sinceridade do universo.
- Talvez seja meio precipitado vendermos o seu carro e todas as pequenas bugigangas e tralhas e tranqueiras que temos por aqui para juntarmos toda a nossa esparsa grana, trocarmos por libras e irmos morar fora daqui, na cinzenta e úmida e fria, porém muito legal, cidade de Londres.
- Você não sabe lavar pratos?
- Sei
- Você não gosta de frio?
- Gosto.
- Você se incomoda de ralar para conseguir o que quer?
- Não.
- Você gosta de Londres?
- Possivelmente sim.
- Então? Não sei por que me chama de louca. Vai ser ótimo, você vai ver. Confia em mim, babe. Uma única vez.
- Tá e o seu noivo? – ela perguntou, séria.
- “Ex-noivo” – Paola corrigiu – E ele não vai conosco. Pode relaxar. Quer um pedaço? – perguntou, com a cara cínica mais adorável do mundo.
- Lunática.
- Também te adoro. Também mesmo – finalizou sorrindo...

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.

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