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MEDO DE NÃO SENTIR MEDO

- Você já sentiu medo, Olívia? – perguntou Clarisse à amiga.
Olívia a olhou surpresa e respondeu – Medo? Como assim? Não entendi.
- Medo Olívia, medo. Apenas medo. Você anda tão feliz, aliás, faz tanto tempo que não te vejo tão alegre. Você não tem medo por estar assim?
- Medo por estar feliz? – Olívia perguntou.
- Exato. Medo por estar feliz, medo de perder o que se tem, medo de chorar, medo do escuro, medo, enfim. Apenas medo.
Olívia abraçou Clarisse com carinho e disse, tranqüila - Eu já senti muito medo Çice, você sabe disso. Já senti mais medo do que qualquer pessoa jamais poderia ter sentido. Quantas vezes eu já não chorei no seu ombro por conta disso?
- Então... e agora esse medo passou?
- Não. Ele nunca passa. Apenas aprendi a esquecer que ele existe. E com você por perto isso fica fácil, muito mais fácil.
Clarisse apenas sorriu e respondeu, feliz - Que lua linda não?
- Sempre é Clarisse, sempre é... - e sorriu...




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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,