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VERDADES À TARDE...

- Então tá - ele disse, nervoso
- Como assim? - ela respondeu
- Então tá, porra. Você já disse tudo o que tinha para dizer. Já disse o que queria dizer. Já disse todos os absurdos que queria. Só que eu cão concordo com essa merda toda. Eu não concordo com todas as besteiras e com todas as merdas e com todo o ressentimento que você me disse, que você me jogou na cara.
- Tem medo da verdade? - ela arriscou, sarcástica
Ele a olhou com ódio. Um ódio jamais antes visto - Não. Não tenho medo da verdade. Tenho medo de você.

Ela a encarou fria e distante, como se não fosse a mesma pessoa que há dois anos estava com ele, e disse, aflita - Você deve ter medo de você querido. Apenas de você. Não do nosso amor, que já foi pro saco, e nem de mim, que nada te fiz além de te falar umas merdas de verdades. Isso dói seu babaca. Em nós dois, caralho. Mas você tem que escutar. Tem que escutar. Uma vez na vida que seja.

- Eu acho que vou fazer uma tatuagem - ele disse, evitando chorar.
- Então é isso, viramos amigos? - ela perguntou.
- Claro que não. Eu te odeio - ele disse, sério.
- E eu te amo - ela respondeu, pegando o resto do baseado que ele segurava, a sua bolsa em cima da cama, não sem antes dizer - E eu apenas te amo. mas vou deixar de amá-lo. Pode apostar...pode apostar.

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,