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CHRISTINE DISSE. APENAS DISSE


Christine...
E ela lia com encanto aqueles pequenos contos. Aquelas pequenas bobagens.
Por muito tempo.
Muito tempo.
Religiosamente.
Desde quando era solteira e vivia em seu quarto repleto de pelúcias e computadores lentos e velhos.
Velhos mesmo.
Outro mundo.
Outro universo.
Sonhos, namorados, desilusões, ânsia de viver, ou seja, tudo...
Tudo.
Mas a vida muda.
Muito.
E hoje... ela é feliz.
Muito feliz pelas escolhas que fez, pelo filho, casamento o cacete a quatro.
Ele?
Um velho bobo que ainda fumava e bebia no Clube Varsóvia madrugada adentro tentando entender a razão de ter perdido o email de Christine.
Ter perdido o seu email.
E Christine disse, apenas disse, que sonhos não ficam muito velhos, apenas mudam.
Mas... a vida é assim.
Ela?
Adorável.
E muito gentil
Ele?
Um bobo que ainda escrevia em pequenos pedaços de guardanapos no Clube Varsóvia ao som de sabe lá que banda.
Adorável desencontro.
Mas muito triste desencontro.
Muito.
Mas ele traga um cigarro com um sorriso no canto do rosto.
Um grande sorriso.


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